Dois membros do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) de Elon Musk foram vinculados a redes classificadas que armazenam informações altamente confidenciais sobre o arsenal nuclear dos Estados Unidos. Luke Farritor e Adam Ramada, sem experiência prévia em armas nucleares ou manipulação de informações classificadas, têm acesso há pelo menos duas semanas, conforme relatado por fontes independentes. O Departamento de Energia nega tais alegações, mas especialistas afirmam que mesmo com contas nas redes, o acesso a dados sensíveis é restrito.
As redes envolvidas incluem a NNSA Enterprise Secure Network, usada para transferir dados técnicos sobre designs e materiais nucleares, e a SIPRNet, utilizada pelo Departamento de Defesa para comunicações secretas. Embora não esteja claro o nível de acesso real desses funcionários do DOGE, sua presença representa uma expansão de privilégios dentro da agência governamental.
Recentemente, dois integrantes do DOGE obtiveram acesso às redes classificadas que gerenciam informações cruciais sobre armamentos nucleares. Apesar das negações oficiais, fontes confirmam a criação de contas para esses indivíduos. No entanto, o controle rigoroso sobre os dados limita significativamente suas capacidades de acesso.
O National Nuclear Security Administration (NNSA) opera através da NNSA Enterprise Secure Network, responsável pela transmissão de "dados restritos" relacionados ao design e aos materiais especiais empregados em armas nucleares americanas. Essa rede conecta laboratórios, instalações de produção e agências responsáveis pela manutenção e atualização do arsenal nacional. Paralelamente, a Secret Internet Protocol Router Network (SIPRNet), pertencente ao Departamento de Defesa, serve como canal para trocas de informações classificadas como "secretas". A obtenção de um clearance de nível "Q", exigida para acessar ambas as redes, normalmente demanda um processo longo, embora possa ser acelerado em situações específicas. Mesmo com contas ativas, os funcionários do DOGE teriam acesso limitado, dependendo de autorizações baseadas na necessidade de conhecimento específico.
Enquanto o acesso à informação classificada pode ser justificado para discutir detalhes de programas e prioridades orçamentárias, surgem dúvidas sobre a segurança desses dados em mãos inexperientes. A presença de membros do DOGE nas redes classificadas ampliou suas permissões dentro da agência, embora ainda seja incerto até que ponto eles podem acessar arquivos sigilosos.
Essa situação ocorre em meio a crescentes preocupações sobre a gestão de dados sensíveis pelo DOGE em outras áreas governamentais. Recentemente, foi revelado que funcionários do National Labor Relations Board copiaram e removeram informações críticas utilizando credenciais do DOGE, levantando suspeitas após tentativas de login anômalas provenientes de endereços IP russos. Além disso, o uso do aplicativo Signal pelo Secretário de Defesa Pete Hegseth para enviar detalhes sensíveis de operações militares trouxe à tona questões adicionais sobre práticas de segurança digital. Este cenário complexo demonstra a tensão entre a necessidade de acesso a informações confidenciais e a proteção eficaz desses dados contra possíveis ameaças internas e externas.