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Adams Apoia Controverso Livro Sobre o "Estado Profundo" Após Descarte de Acusações
2025-04-02

O prefeito de Nova York, Eric Adams, aproveitou a oportunidade do descarte das acusações federais contra ele para promover um livro controverso sobre o chamado "estado profundo", escrito por Kash Patel, ex-diretor do FBI na administração Trump. Em uma declaração pública, Adams sugeriu que os nova-iorquinos lessem a obra de 288 páginas, destacando sua relevância em entender as motivações políticas por trás da investigação contra ele. O gestor afirmou que a obra explica questões complexas e alerta sobre possíveis abusos cometidos contra cidadãos inocentes.

O livro intitulado "Government Gangsters: The Deep State, the Truth, and the Battle for Our Democracy" apresenta uma suposta conspiração envolvendo figuras poderosas contra a administração Trump. A escolha de Adams gerou surpresa, considerando as críticas que enfrentou pela decisão do Departamento de Justiça (DOJ) de retirar os encargos criminais contra ele. Alguns especulam que isso pode indicar uma conexão entre o prefeito e o antigo presidente Donald Trump, algo que Adams nega enfaticamente.

Apesar de reiterar que não houve acordo tácito com Trump, a associação ao livro de Patel fortalece a imagem de proximidade entre ambos. No podcast "Andrew Schulz’s Flagrant with Akaash Singh", o prefeito expressou admiração pelo trabalho de Patel, comparando-o a uma análise detalhada sobre o fenômeno do "estado profundo". Essa teoria tem sido amplamente criticada como alinhada com movimentos conspiratórios como o QAnon.

No livro, Patel refere-se a "gangsters governamentais" para descrever aqueles que, segundo ele, fazem parte de um estado profundo corrupto tentando sabotar a presidência de Trump. A obra inclui uma lista de 60 indivíduos tidos como membros do "Executivo Profundo", entre eles Kamala Harris e Hillary Clinton, figuras que mantêm vínculos com Adams.

Ainda assim, o juiz Ho refutou veementemente a ideia de motivações políticas no caso durante sua decisão de quarta-feira. Ele afirmou que os promotores do Distrito Sul de Nova York seguiram todas as diretrizes adequadas do Departamento de Justiça, sem indícios de propósitos impróprios.

Embora Adams tenha defendido a importância de compreender as dinâmicas descritas no livro, seu apoio à teoria do "estado profundo" continua sendo alvo de debates intensos. Para muitos, tal posicionamento levanta dúvidas sobre suas verdadeiras intenções e possíveis influências externas em suas decisões políticas.

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