O operador da rede elétrica espanhola descartou um ataque cibernético como causa de um apagão que afetou significativamente a Espanha, Portugal e partes da França na segunda-feira. Embora o motivo exato ainda seja incerto, investigações preliminares sugerem uma combinação de fatores técnicos e desconexões repentinas no sistema elétrico. O primeiro-ministro espanhol afirmou que medidas serão tomadas para evitar futuros incidentes semelhantes.
As teorias incluem falhas em sistemas de controle de frequência e interconexões entre países europeus. Especialistas destacam a complexidade dos sistemas modernos de energia, mas rejeitam culpar as fontes renováveis pelo colapso.
Investigações indicam duas desconexões notáveis ocorridas no sudoeste da Espanha, onde há grande presença de geração solar. A possibilidade de instabilidade causada por desajustes entre oferta e demanda está sendo avaliada, embora autoridades neguem problemas relacionados à excessiva utilização de energias renováveis.
A queda repentina de 15GW de potência em apenas cinco segundos levantou questões sobre a resiliência do sistema elétrico. Eduardo Prieto, diretor de operações da Red Eléctrica, mencionou dois eventos de desconexão quase simultâneos nessa região. Apesar de algumas empresas desligarem seus sistemas automaticamente para protegê-los contra alterações de frequência, especialistas explicam que isso não deve ser atribuído exclusivamente às fontes renováveis. O desafio de prever a produção de energia solar e eólica é conhecido e gerenciado com precisão nos dias atuais.
O apagão também revelou vulnerabilidades nas interconexões elétricas entre países europeus, particularmente entre Espanha e França. O sistema ibérico, muitas vezes considerado uma "ilha elétrica", depende fortemente dessas conexões para estabilidade.
A queda de energia foi suficiente para desencadear uma falha nas interconexões entre a Espanha e a França, utilizando tecnologias avançadas de transmissão de corrente contínua de alta tensão. Profissionais explicam que o isolamento geográfico da Península Ibérica, limitando-se a poucas ligações através dos Pirenéus, contribuiu para a propagação rápida do problema. Além disso, relatórios iniciais sobre fenômenos atmosféricos incomuns foram posteriormente refutados, deixando abertas outras linhas de investigação sobre possíveis falhas sistêmicas ou humanas.