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Campanha Militar dos EUA no Iêmen: Consequências e Retaliações
2025-04-28

O avanço da campanha militar liderada pelos Estados Unidos no Iêmen tem gerado repercussões significativas. Com ataques aéreos que já mataram pelo menos oito pessoas em Sanaa, conforme relatado pelos rebeldes houthis, o governo americano continua sua ofensiva contra os militantes associados ao Irã. A operação denominada "Operation Roughrider" visou neutralizar líderes e combatentes houthis, além de alvos estratégicos como portos de combustível. Esses ataques têm como objetivo principal garantir a liberdade de navegação e reforçar a dissuasão norte-americana na região do Mar Vermelho. No entanto, a ausência de transparência sobre as vítimas civis preocupa ativistas internacionais.

Estratégia Militar e Impacto Regional

A intensificação das operações militares americanas no Iêmen busca conter ameaças tanto à segurança marítima quanto às parcerias regionais. Desde o início da campanha, em meados de março, sob a presidência de Donald Trump, os Estados Unidos utilizam duas porta-aviões posicionadas no Mar Vermelho e no Oceano Árabe para executar uma série de ataques com mais de 800 impactos registrados. As autoridades afirmam que essas intervenções visam desmantelar a capacidade bélica dos houthis, especialmente suas redes de mísseis e drones.

Embora a campanha tenha causado danos substanciais às infraestruturas controladas pelos houthis, incluindo o porto de Ras Isa, cuja destruição interrompeu o fluxo de receita vital para os militantes, críticas surgem quanto ao custo humano. Ativistas alertam para possíveis mortes de civis, algo que ainda não foi reconhecido pelas forças americanas. Além disso, a dependência iraniana dos houthis é citada como um fator crucial na escalada da tensão regional. Os Estados Unidos justificam seus ataques argumentando que eles são necessários para restaurar a estabilidade e impedir futuros ataques ao comércio global.

Controle de Informações e Repercussões Humanitárias

No contexto das operações militares, os houthis também têm buscado maior controle sobre a circulação de informações em territórios sob sua jurisdição. Recentemente, emitiram uma ordem exigindo a entrega imediata de receptores de internet via satélite Starlink, tecnologia amplamente utilizada por Ucrânia e outros países em conflitos recentes. Esse movimento demonstra uma preocupação crescente com a exposição de suas ações perante a comunidade internacional.

Além disso, a falta de detalhes claros sobre os números exatos de vítimas civis nos ataques aéreos gera desconfiança. Enquanto o comando central dos EUA se recusa a divulgar informações específicas sobre os alvos atingidos, o risco de sofrimento humanitário aumenta. O caso do porto de Ras Isa, onde dezenas de pessoas foram mortas ou feridas, destaca a gravidade das consequências dessas operações. Em resposta, os houthis intensificam medidas restritivas, como a coleta forçada de equipamentos de comunicação, indicando um cenário de restrição à liberdade de informação e acesso externo às áreas afetadas.

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