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Conflitos Persistem em Meio a Tragédia Sísmica na Myanmar
2025-03-30

O movimento de resistência armada contra o governo militar da Myanmar expressou críticas no último domingo, destacando que os bombardeios aéreos sobre vilarejos continuam mesmo após um devastador terremoto que deixou aproximadamente 1.700 mortos. A situação humanitária se agrava enquanto as forças militares mantêm foco em operações bélicas ao invés de aliviar o sofrimento civil.

A União Nacional Karen, uma das mais antigas organizações étnicas do país, relatou que sob circunstâncias normais, esperava-se que o exército priorizasse esforços de resgate e apoio à população afetada. No entanto, o regime militar tem concentrado recursos em ataques contra áreas civis. Desde a tomada de poder em 2021, a Myanmar enfrenta um conflito civil contínuo com diversos grupos armados em oposição ao golpe de Estado que derrubou o governo eleito liderado por Aung San Suu Kyi.

Após o terremoto de magnitude 7,7, algumas milícias anti-junta decidiram suspender temporariamente suas ações militares ofensivas por duas semanas, conforme anunciado pelo Governo da Unidade Nacional, que representa remanescentes do governo anterior. Apesar disso, especialistas como Richard Horsey afirmam que combates ainda ocorrem em outras regiões, enquanto o regime continua lançando ataques aéreos até mesmo nas áreas atingidas pelo desastre natural. A ausência visível de ajuda militar reforça a necessidade de solidariedade global para apoiar populações vulneráveis em meio a crises múltiplas.

A resposta humanitária depende agora de comunidades locais, equipes de resgate e organizações não governamentais, já que o regime parece incapaz ou relutante em oferecer assistência adequada. Este cenário demonstra a importância de promover paz e cooperação em contextos marcados por adversidades naturais e conflitos armados, lembrando-nos que união e empatia são fundamentais para superar tragédias globais.

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