O treinador Ruben Amorim, agora à frente do Manchester United, está prestes a alcançar um marco significativo na história do Sporting. Caso o clube vença o campeonato desta temporada, ele igualará lendas como Szabo e Galloway em número de títulos conquistados pelo clube português. Embora tenha deixado Lisboa para assumir o comando dos Red Devils em novembro, seu legado permanece vivo entre os adeptos leoninos. Esta vitória não apenas colocaria Amorim lado a lado com grandes nomes do futebol europeu, mas também destacaria sua contribuição inicial ao clube, iniciada em 2020, quando Frederico Varandas apostou nele como técnico principal.
Desde que chegou ao Sporting há alguns anos, Ruben Amorim tem sido uma figura central nas conquistas do clube. Sua contratação em 2020 foi vista como arriscada, dado seu jovem perfil e pouca experiência internacional. No entanto, suas palavras iniciais demonstraram confiança: "E se correr bem?" tornou-se um mantra para sua trajetória vitoriosa. Sob sua liderança, o Sporting conquistou dois campeonatos nacionais, consolidando seu lugar entre os melhores técnicos da equipe. Este ano, mesmo distante fisicamente, ele pode ser creditado por parte das estratégias implementadas antes de sua partida.
A história do banco de reservas do Sporting é rica em momentos marcantes. Em épocas passadas, figuras como Otto Glória e Juca já dividiram responsabilidades em temporadas difíceis. A atual temporada marca outra primeira vez histórica: três treinadores diferentes comandaram a equipe durante o mesmo campeonato, algo inédito nos quase 120 anos de existência do clube. João Pereira e Rui Borges, que sucederam Amorim, têm desempenhado papéis cruciais na reta final desta disputa. O primeiro gol decisivo contra o Benfica, anotado por Geny Catamo, ilustra como as mudanças podem trazer resultados positivos.
Enquanto Ruben Amorim celebra seus próprios feitos como jogador, tendo conquistado três campeonatos com o Benfica, seu coração leonino nunca esteve tão forte. Ele sempre declarou abertamente suas raízes benfiquistas, mas admite que o Sporting ocupa um espaço especial em sua vida. Este possível título seria mais um capítulo na longa linha de sucessos ligados ao clube lisboeta, cuja última conquista sob comando de Szabo data de mais de sete décadas atrás.
No contexto histórico, esta vitória simbolizaria muito mais do que apenas números. Seria um testemunho do espírito resiliente do clube e de como transições podem fortalecer ainda mais sua identidade. Os adeptos, mesmo aqueles que hesitam em admitir publicamente, sentem saudades de Amorim, enquanto ele próprio expressa nostalgia pelas arquibancadas de Alvalade. Este momento único reforça o vínculo emocional entre jogadores, técnicos e torcedores, transformando uma simples competição em uma jornada coletiva de superação e paixão.
Ao fim desta temporada, independentemente do resultado final, o nome de Ruben Amorim continuará ecoando nas páginas da história do Sporting. Seu impacto transcende fronteiras geográficas e temporais, conectando gerações através de uma paixão compartilhada pelo esporte. Este episódio serve como lembrete de que, mesmo à distância, o coração de um verdadeiro líder continua batendo forte pelo clube que ajudou a construir.