O magistrado Mario Cunha Olinto Filho, da 2ª Vara Cível da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, validou a relevância das contribuições realizadas por um ex-agente na construção do prestígio e notoriedade de um influenciador digital. A decisão judicial destaca que os esforços do antigo representante foram essenciais para o avanço profissional do artista, justificando sua participação nos benefícios obtidos ao longo da trajetória.

A decisão reconhece que o trabalho desenvolvido pelo ex-agente foi determinante para moldar a imagem pública do influenciador. O juiz enfatiza a importância de considerar a divisão dos ganhos como forma de compensação pelos serviços prestados anteriormente.

Contribuição Fundamental do Agente na Trajetória do Influenciador

O julgamento sublinha o impacto significativo que as ações do ex-agente tiveram na consolidação do perfil público do influenciador. A sentença ressalta que a gestão estratégica e a orientação oferecidas foram fundamentais para catapultar o nome do artista ao cenário nacional. Essa avaliação reforça a ideia de que o sucesso alcançado não pode ser dissociado dos métodos empregados durante o período em que ambos estavam vinculados.

De acordo com o magistrado, o papel desempenhado pelo ex-agente transcendeu meras questões administrativas. Ele esteve envolvido em decisões cruciais relacionadas à estratégia de marketing, posicionamento de mercado e negociações comerciais que ampliaram a visibilidade do cliente. Ao analisar documentos e testemunhos apresentados no processo, ficou evidente que o representante adotou uma abordagem inovadora e eficiente para maximizar o potencial do influenciador. Essa intervenção permitiu que o artista atingisse patamares antes inimagináveis em sua carreira, consolidando sua reputação junto ao público e aos parceiros comerciais.

Divisão Justa dos Benefícios como Forma de Compensação

A decisão judicial também aborda a questão da divisão equitativa dos rendimentos gerados pela carreira do influenciador. O juiz argumenta que, dada a relevância das contribuições feitas pelo ex-agente, seria injusto ignorar sua parcela de responsabilidade no sucesso alcançado. Portanto, a sentença propõe uma redistribuição dos lucros como forma de reconhecimento pelos esforços dedicados no passado.

A análise detalhada conduzida pelo magistrado revela que a relação entre ambas as partes foi marcada por uma colaboração produtiva que resultou em crescimento mútuo. No entanto, após a dissolução do vínculo contratual, o influenciador continuou beneficiando-se das bases construídas durante essa fase inicial. Com base nesse contexto, o tribunal entendeu ser necessário garantir que o ex-agente receba uma parte proporcional dos frutos colhidos até então. Essa decisão visa preservar princípios éticos e promover equidade nas relações profissionais dentro do universo dos influenciadores digitais.