A atriz e produtora Natasha Lyonne dá um passo ousado ao entrar no mundo da direção cinematográfica com o filme "Uncanny Valley", uma obra que promete desafiar as fronteiras entre tecnologia e arte. Inspirada por temas distópicos, a produção mergulha o espectador em um universo onde os videogames de realidade aumentada assumem papéis centrais, levantando questões sobre como a inteligência artificial pode ser usada de maneira ética. A colaboração com Jaron Lanier, pioneiro em tecnologia, e o estúdio Asteria reforça o compromisso do projeto em unir inovação técnica com narrativas envolventes.
O enredo do filme segue a jornada de uma jovem adolescente que enfrenta dilemas existenciais ao se perder dentro de um jogo imersivo amplamente popularizado em um contexto alternativo contemporâneo. Combinando cenas de ação real com elementos visuais gerados pelo próprio jogo, o longa pretende criar uma experiência híbrida única para o público. Para isso, será empregado o modelo de IA chamado Marey, desenvolvido pela Moonvalley em parceria com o Asteria. Este sistema destaca-se por sua abordagem responsável, utilizando apenas dados autorizados para garantir um uso consciente e ético da tecnologia.
Em tempos em que o uso da inteligência artificial na indústria do entretenimento desperta debates acalorados, "Uncanny Valley" emerge como uma proposta visionária. Seu objetivo é demonstrar como artistas podem liderar a integração de novas tecnologias sem comprometer a autenticidade criativa. Bryn Mooser, cofundadora do Asteria, enfatiza que o verdadeiro progresso ocorre quando os artistas controlam o uso da tecnologia, transformando-a em uma ferramenta de expressão artística. Além disso, a iniciativa reflete uma tendência crescente no setor, com outros renomados cineastas, como James Cameron, também explorando maneiras de aplicar a IA de forma colaborativa e eficiente.
Ao trazer à tona discussões relevantes sobre ética e inovação tecnológica, "Uncanny Valley" não apenas amplia os horizontes do cinema, mas também encoraja reflexões profundas sobre como podemos moldar o futuro da arte. O compromisso com práticas responsáveis na criação audiovisual serve como exemplo de como avanços tecnológicos podem coexistir harmoniosamente com valores humanos fundamentais. Essa sinergia entre criatividade e inovação abre portas para um novo capítulo na história do entretenimento global.