Em um movimento significativo, a Federação Portuguesa de Futebol comunicou nesta segunda-feira a saída oficial de dois de seus diretores históricos: Nuno Moura e Paulo Ferreira. Após longos períodos de serviço dedicado à organização, ambos decidiram deixar suas posições após investigações relacionadas à Operação Mais-Valia. A decisão marca o fim de uma era para a federação, que expressou gratidão pelos anos de trabalho e desejou sucesso aos agora ex-funcionários em novos projetos profissionais.

O anúncio ocorreu em meio a um contexto complexo, com repercussões oriundas das investigações realizadas pela Polícia Judiciária no início do ano. Durante esses eventos, várias figuras-chave dentro da entidade foram afastadas temporariamente de suas funções, incluindo os dois diretores mencionados anteriormente. Esse processo teve início quando autoridades conduziram buscas na sede da FPF, levantando questões sobre práticas internas.

A decisão final foi alcançada após negociações entre a instituição e os envolvidos. Embora tenha havido suspensões prévias e restrições severas ao acesso às instalações e materiais corporativos, nenhum dos quatro funcionários suspenso apresentou notas de culpa. Diante disso, a FPF optou por encerrar formalmente a relação laboral com Nuno Moura e Paulo Ferreira. Vale ressaltar que as outras duas diretoras também suspensas ainda podem seguir o mesmo caminho, dependendo de futuros acordos.

A história desses dirigentes está profundamente enraizada na trajetória da FPF. Enquanto Nuno Moura atuava como diretor comercial durante cerca de nove anos, Paulo Ferreira desempenhou um papel crucial como diretor financeiro por nada menos que 25 anos consecutivos. Sua experiência ajudou a moldar estratégias fundamentais para o crescimento da organização. Mesmo diante das circunstâncias difíceis, a FPF reiterou seu apreço pelas contribuições desses colaboradores.

Com este capítulo encerrado, a Federação Portuguesa de Futebol se prepara para enfrentar novos desafios enquanto busca reestruturar sua liderança. Ainda que a sombra das investigações persista, a entidade demonstra compromisso em avançar com transparência e integridade. Resta saber como essa nova fase impactará a gestão e reputação da FPF nos próximos meses.