A FIFA manifestou a sua profunda insatisfação com a postura adotada pela FIFPro, a organização que representa os sindicatos de jogadores a nível mundial. Em resposta às recentes declarações da FIFPro, que acusavam o organismo liderado por Gianni Infantino de um modelo de governança \"autocrático\", a FIFA repudiou veementemente a abordagem confrontacional, alegando que a FIFPro privilegia uma \"guerra de relações públicas\" em detrimento de uma colaboração genuína. Este posicionamento sublinha uma crescente tensão entre as duas entidades, com a FIFA a defender que as suas ações visam, de facto, o progresso e a proteção dos interesses dos atletas.
Em sua defesa, a FIFA listou uma série de iniciativas já em vigor e outras propostas, todas focadas na saúde e segurança dos jogadores. Entre as medidas destacadas estão o estabelecimento de um período de descanso mínimo de 72 horas entre jogos e um mínimo de 21 dias de férias no final de cada temporada. Além disso, a FIFA enfatizou a importância de considerar as longas viagens intercontinentais e as condições climáticas na elaboração do calendário internacional. O organismo também reiterou o seu compromisso com a representação dos jogadores e dos seus sindicatos em comités permanentes e no Tribunal de Futebol da FIFA, bem como a criação de um painel consultivo global de representantes de jogadores. Outras propostas incluem a reforma do sistema de transferências, o fomento do futebol feminino e a garantia de pagamentos salariais atempados, para além de programas de formação e a implementação de salvaguardas contra a discriminação e o assédio. A FIFA sublinhou que estas ações concretas vão além das exigências da FIFPro, questionando a verdadeira motivação por trás da retórica confrontacional da federação de sindicatos.
A FIFA apela à unidade no desporto, defendendo que os jogadores merecem ações concretas em vez de meras palavras. A organização reitera o seu firme compromisso em colocar os atletas no centro do futuro do futebol, através de regulamentações e reformas tangíveis. Por isso, convida a FIFPro a retomar o diálogo, desde que cesse a postura de confronto e revele de forma transparente os seus próprios estatutos e relatórios financeiros, assim como a lista completa dos membros que representa. A mensagem é clara: a FIFA avançará em parceria com todos aqueles que genuinamente desejam o melhor para o futebol, e espera que a FIFPro se junte a este esforço construtivo.