O futebol, em suas diversas modalidades, tem se consolidado como um fenômeno global, com a FIFA à frente dessa expansão. Enquanto o futsal e o futebol de praia ganham relevância, eventos internacionais passam a ser realizados em regiões antes inexploradas. Este artigo explora como a descentralização geográfica dessas competições contribui para o crescimento do esporte, destacando exemplos como o Mundial de Futsal no Uzbequistão e o próximo torneio de futebol de praia nas Seychelles.
Ao longo dos últimos anos, a FIFA tem promovido uma abordagem inclusiva para expandir as fronteiras das modalidades que administra. Um exemplo recente é o Mundial de Futsal realizado no Uzbequistão, país da Ásia Central que demonstrou capacidade organizacional surpreendente. A competição elevou o perfil internacional do país, revelando potencialidades culturais e turísticas que antes permaneciam ocultas. Durante os 25 dias de evento, jornalistas e participantes tiveram acesso não apenas às partidas, mas também às peculiaridades locais, criando uma experiência memorável.
Neste contexto, surge o Mundial de Futebol de Praia, programado para acontecer nas Seychelles, um arquipélago situado no Oceano Índico. Apesar de possuir menos de cem mil habitantes, este pequeno país africano ostenta um dos melhores índices de desenvolvimento humano do continente. A escolha do local reflete a estratégia da FIFA de promover eventos em destinos estratégicos, combinando visibilidade esportiva com oportunidades econômicas. A ilha de Mahé, principal núcleo do arquipélago, acolherá a competição em sua capital, Victoria, utilizando a Paradise Arena desmontável, anteriormente instalada nos Emirados Árabes Unidos.
O crescimento do futebol de praia é impressionante, com 72 nações disputando vagas para o torneio deste ano. Essa expansão inclui países sem linha costeira, que investem em arenas artificiais para treinar seus atletas. Cada confederação integrante da FIFA desenvolve planos específicos para fortalecer a modalidade, considerando tanto aspectos técnicos quanto comerciais. Portugal, bicampeão mundial, figura entre os favoritos ao título, liderado por estrelas como Madjer, Jordan Santos e os irmãos Martins. No entanto, enfrentará tough competition, especialmente do Brasil, atual campeão e sempre dominador histórico.
O impacto desses eventos transcende o campo esportivo, influenciando áreas como turismo e mídia. A presença de transmissões globais amplifica a visibilidade dos países anfitriões, enquanto equipes nacionais buscam projetar suas imagens em cenários internacionais. No caso específico do Liverpool, sob a liderança de Arne Slot, e do Manchester United, com Erik ten Hag, a competitividade europeia continua intensa, mesmo em contextos distintos. Paralelamente, incidentes disciplinares, como ocorreu recentemente no FC Porto, reforçam a necessidade de rigor interno em times profissionais.
A realização do Mundial de Futebol de Praia nas Seychelles marca mais uma etapa importante na democratização do esporte global. Ao apostar em regiões menos conhecidas, a FIFA não apenas diversifica seu portfólio de eventos, mas também contribui para o desenvolvimento socioeconômico dessas áreas. A expectativa é que esta competição sirva como catalisador para novas iniciativas, inspirando outros países a investirem em modalidades emergentes e consolidando o futebol como um verdadeiro fenômeno universal.