Em uma história que mistura esportes, religião e personalidade marcante, descobrimos a relação peculiar entre o Papa Francisco e o treinador argentino Alfio Basile. Desde jovem, Jorge Bergoglio demonstrou ser um apaixonado torcedor do San Lorenzo, time da cidade de Buenos Aires. Seu amor pelo clube levava-o regularmente ao balneário, onde encontrava-se com os jogadores. Contudo, em 1998, Basile tomou uma decisão drástica ao proibir sua entrada no local, considerando-a inadequada para o ambiente competitivo. Anos mais tarde, após a ascensão de Bergoglio ao papado, Basile teve uma surpresa inesperada ao saber que o padre expulso era agora o líder máximo da Igreja Católica.
No caloroso cenário de Buenos Aires, onde o futebol é quase uma religião, Jorge Bergoglio, desde cedo influenciado pelo pai jogador de basquetebol, tornou-se um fervoroso adepto do San Lorenzo. Durante seu tempo como arcebispo, ele não apenas assistia aos jogos, mas também visitava frequentemente o balneário antes das partidas. No entanto, tudo mudou quando Alfio Basile assumiu o comando técnico do time em 1998. Com uma mentalidade prática e focada no desempenho, Basile rejeitou qualquer interferência externa, incluindo a presença de padres. A história ganhou notoriedade anos depois, quando Basile revelou em entrevista que só soube da verdadeira identidade do padre banido após a eleição de Bergoglio como papa em 2013.
De um lado, havia um treinador determinado a manter sua equipe concentrada; do outro, um líder religioso cujo amor pelo futebol era tão profundo quanto sua fé. Essa interação única ilustra como as paixões humanas podem transcender barreiras institucionais.
Desde então, o Papa Francisco mencionou diversas vezes sua saudade de momentos simples, como ir ao estádio ou saborear uma pizza em um restaurante anônimo. Sua admiração pelo San Lorenzo continua sendo um tema recorrente em suas conversas, mostrando que mesmo na posição mais alta da Igreja, as raízes pessoais permanecem intactas.
Do ponto de vista de um jornalista, essa narrativa ressalta o poder do esporte como elo comum entre figuras aparentemente distintas. Ela nos ensina que, independentemente de nossas responsabilidades ou posições sociais, todos compartilhamos interesses e emoções universais. Ao compreender isso, podemos encontrar formas de conectar-nos mais profundamente com aqueles ao nosso redor.