Desde a sua nomeação como treinador do FC Porto, Martín Anselmi tem enfrentado críticas por não atender às expectativas inicialmente depositadas nele. Apresentado com grandes promessas de um estilo de jogo ousado e moderno pelo presidente André Villas-Boas, o argentino viu seu desempenho ser questionado à medida que os resultados deixaram a desejar. O clube agora enfrenta uma encruzilhada: manter a confiança no jovem técnico ou buscar um novo caminho para o futuro da equipe.
No início deste projeto ambicioso, as palavras de Villas-Boas ecoavam entusiasmo sobre a nova fase que se iniciava. A escolha de Anselmi representou uma ruptura com o passado recente, marcado pela continuidade oferecida por Vítor Bruno. Com pouca experiência no futebol europeu, mas dotado de uma aura de inovação e dinamismo, Anselmi foi apresentado como o rosto de uma transformação estratégica. No entanto, ao longo dos meses seguintes, a realidade dentro das quatro linhas começou a contradizer as promessas feitas na ocasião de sua contratação.
A falta de consistência tática e resultados satisfatórios trouxe mais dúvidas do que certezas sobre o futuro do projeto. A comparação inevitável com Ruben Amorim e o impacto que ele gerou no Sporting ampliou ainda mais a pressão sobre o treinador argentino. Enquanto o objetivo principal era construir algo sólido para o médio e longo prazo, o presente revelou-se desafiador, com adversários menos renomados conseguindo destacar-se contra o FC Porto.
Neste cenário, Villas-Boas encontra-se diante de duas opções cruciais. Por um lado, pode reforçar sua confiança no projeto original, investindo em mudanças internas e externas para apoiar Anselmi adequadamente. Por outro, existe a possibilidade de recomeçar do zero, buscando um treinador experiente que minimize riscos futuros. Independentemente da decisão final, ela terá implicações significativas tanto nos objetivos esportivos quanto nas próximas movimentações no mercado de transferências.
Ainda que Anselmi tenha expressado sua intenção de permanecer no clube até 2027, cabe a Villas-Boas tomar uma decisão fundamentada nos interesses do FC Porto. Nos próximos dias, o presidente precisará avaliar cuidadosamente se o projeto arrojado que defendeu no início deste ano merece continuar ou se é hora de traçar novos rumos para garantir o sucesso esperado.