Desporto
Protocolo Entre FC Porto e Super Dragões em Crise
2025-07-28

A relação entre o FC Porto e a principal claque organizada, os Super Dragões, atravessa um período de incerteza, marcado por assentos vazios e ausência de símbolos que tradicionalmente animam o Estádio do Dragão. Esta tensão reflete profundas divergências nas negociações de um novo protocolo entre as duas partes, o que pode ter implicações significativas para o ambiente nos jogos futuros e para a própria gestão da segurança nos estádios. O cenário atual, visível pela notória ausência da claque em jogos importantes, evidencia um impasse que desafia a habitual sinergia entre o clube e os seus fervorosos apoiantes, exigindo soluções rápidas para evitar um impacto prolongado.

As condições de acesso e permanência nos setores designados para as claques, classificadas como Zonas com Condições Especiais (ZCEAP), tornam a situação ainda mais complexa. A falta de um acordo para a temporada vindoura significa que estes lugares, antes cativos, estão agora disponíveis para venda individual, alterando a dinâmica do apoio organizado e levantando questões sobre a segurança e a organização dos eventos desportivos. Este contexto de desentendimento sublinha a necessidade de um diálogo construtivo para salvaguardar a paixão e o envolvimento dos adeptos, elementos cruciais para a atmosfera vibrante que caracteriza o futebol português e, em particular, os jogos do FC Porto.

Um Vazio Inesperado: A Ausência dos Super Dragões no Estádio

A recente partida do FC Porto contra o Twente foi assinalada por uma ausência notável: os setores do Estádio do Dragão habitualmente preenchidos pelos Super Dragões permaneceram praticamente vazios. Não se avistava qualquer indumentária ou faixa que identificasse a presença da organizada, causando estranheza e levantando questões entre os observadores e restantes adeptos. Este cenário atípico sugere um distanciamento significativo entre a claque e a direção do clube, um pormenor que não passou despercebido e que aponta para questões mais profundas na sua relação.

A situação inesperada nos setores do estádio reservados à claque, que se mantiveram desocupados durante todo o jogo, revelou a dimensão do desacordo. Este acontecimento não é meramente uma questão de lugares vazios, mas sim um sinal visível de uma fricção subjacente. A ausência de adereços ou bandeiras habitualmente exibidos pelos Super Dragões realça a seriedade do impasse. Este incidente, para lá do simbolismo, reflete um desentendimento profundo nas negociações para a celebração de um novo protocolo entre a Sociedade Anónima Desportiva (SAD) do FC Porto e a claque. As divergências têm sido tão acentuadas que a assinatura do acordo para a próxima época está em sério risco, podendo mesmo não se concretizar. Esta realidade tem implicações diretas, não só para a atmosfera dos jogos, mas também para as políticas de bilhética e segurança, uma vez que estes setores, sendo Zonas com Condições Especiais de Acesso e Permanência (ZCEAP), tiveram de ter os seus lugares libertados para venda ao público em geral, dada a impossibilidade de os alocar à claque. A situação poderá repetir-se no próximo confronto do FC Porto, desta vez contra os espanhóis do Atlético de Madrid.

Risco de Protocolo: O Fim de uma Era?

O cerne do problema reside na incapacidade de alcançar um consenso sobre o protocolo que rege a relação entre a SAD do FC Porto e os Super Dragões. Este documento, fundamental para o funcionamento e a organização da claque no estádio, encontra-se num impasse negocial, com as divergências a serem tão significativas que a sua assinatura para a temporada iminente está seriamente comprometida. A falta de acordo pode não só afetar a presença da claque nos jogos, como também ter repercussões mais vastas na gestão das ZCEAP, exigindo que o clube ajuste as suas estratégias de venda de bilhetes e de segurança, face a uma realidade sem o apoio estruturado da sua maior falange.

A não concretização do acordo entre as partes tem vindo a intensificar as tensões, com as negociações a serem marcadas por profundas divergências que impedem a formalização do protocolo para a próxima época. Este cenário levanta questões sobre o futuro da claque no apoio ao clube e as implicações que esta rutura pode ter. Conforme apurado por A BOLA, a não assinatura do protocolo está na origem da ausência dos Super Dragões, sugerindo que a situação de instabilidade perdurará caso não se encontre uma solução. A preocupação estende-se aos próximos desafios do FC Porto, nomeadamente a receção ao Atlético de Madrid, onde os setores Sul do Estádio do Dragão poderão novamente apresentar-se vazios, um símbolo de uma ligação que parece estar em xeque. A gestão das ZCEAP torna-se um ponto crítico, pois a impossibilidade de atribuir os lugares aos Super Dragões levou à sua libertação para venda individual, uma medida de último recurso que evidencia a gravidade do conflito. Para além dos Super Dragões, a claque Colectivo também enfrentou restrições no topo norte do estádio, sendo impedidos pela Polícia de Segurança Pública de permanecerem em pé na fila superior, o que realça a complexidade e a vigilância apertada em torno da conduta das claques nos recintos desportivos.

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