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Re releitura de clássico questiona valores éticos contemporâneos
2025-04-06

O remake de “Vale tudo”, que estreou recentemente na Globo, já conquistou a admiração de uma pequena audiência, mas promete alcançar um público muito maior. A trama continua sendo relevante mesmo 37 anos após a versão original. No primeiro capítulo, o embate entre Maria de Fátima e seu avô Salvador ressalta uma questão central: ainda vale a pena ser honesto no Brasil? Este diálogo inicial expõe o dilema moral enfrentado por personagens e, por extensão, pela sociedade brasileira.

No enredo, Bella Campos interpreta Maria de Fátima, uma jovem ambiciosa que tenta persuadir Salvador, interpretado por Antonio Pitanga, um funcionário íntegro da Alfândega, a ignorar práticas ilegais envolvendo equipamentos fotográficos contrabandeados por César, vivido por Cauã Reymond. Durante essa troca de ideias, surge uma reflexão sobre a cultura da corrupção arraigada no país.

A resposta de Salvador ao pedido de sua neta ecoa profundamente. Ele afirma que o caráter é definido pelas ações realizadas sem testemunhas. Esta declaração não apenas fundamenta o núcleo temático da novela, mas também desafia o espectador a reconsiderar suas próprias escolhas morais em um contexto social complexo.

A nova adaptação de “Vale tudo” demonstra como temas atemporais podem ser reinterpretados para dialogar com as gerações modernas. Ao confrontar diretamente questões de integridade e ética, a produção reafirma a importância desses princípios em meio a um cenário onde tais valores são frequentemente postos à prova.

Com diálogos marcantes e personagens carismáticos, a série se firma como uma ferramenta poderosa de reflexão social. Ela convida os telespectadores a mergulhar em uma narrativa que não apenas entretém, mas também instiga discussões essenciais sobre o papel da honestidade e do caráter na construção de uma sociedade mais justa.

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