O lendário atacante argentino Sergio Agüero compartilha memórias marcantes de sua carreira em uma entrevista reveladora. Desde o período no Barcelona até a despedida dos gramados por questões de saúde, ele expressa sentimentos profundos sobre momentos cruciais e relações pessoais que moldaram seu percurso esportivo. Além disso, destaca a influência do pai em sua formação como jogador e homenageia o Manchester City, clube ao qual dedicou uma década.

A relação com o Barcelona foi breve, mas significativa, enquanto a conexão com Messi simboliza um sonho interrompido. No lado familiar, as palavras tardias do pai ganham contornos emocionais únicos. Já no City, a adaptação cultural e a integração ao ambiente inglês foram desafios superados com apoio de colegas.

Um adeus repleto de emoções

No estágio final de sua carreira, Agüero relembra o impacto da decisão de encerrar sua vida ativa aos 33 anos. A arritmia cardíaca diagnosticada em 2021 trouxe consigo não apenas o término abrupto de seus planos futuros, mas também reflexões profundas sobre legados e realizações. Ele destaca como seria especial representar a seleção argentina junto a Lionel Messi, algo que jamais concretizou plenamente.

Embora tenha vivido poucos meses no Barcelona, Agüero menciona experiências inesquecíveis nesse curto período. Seu último tento contra o Real Madrid permanece gravado na memória coletiva, assim como a calorosa recepção catalã. Ao comparar-se a Messi, demonstra humildade e reconhecimento do lugar que ocupava entre os gigantes do futebol mundial. Essa fase marcou um capítulo singular em sua trajetória, onde o talento convivia com limitações físicas crescentes.

Laços familiares e reconhecimento eterno

Ao abordar a figura paterna, Agüero confessa ter enfrentado dificuldades durante sua formação como jogador profissional. O pai adotava uma postura rígida para evitar que o filho se tornasse arrogante, criticando-o mesmo após boas performances. Essa abordagem gerava tensões frequentes, embora ambos mantivessem laços afetivos fortes. Somente após a aposentadoria, veio o elogio tão aguardado, trazendo uma mistura de felicidade e melancolia.

Já no contexto do Manchester City, Agüero detalha como conseguiu integrar-se à cultura britânica, apesar das barreiras linguísticas. Com auxílio de companheiros como Pablo Zabaleta e David Silva, aprendeu inglês de forma prática e eficiente. Esse processo contribuiu para consolidar sua posição dentro do grupo, além de proporcionar amizades duradouras. Hoje, orgulha-se da estátua erguida em sua homenagem no Etihad Stadium, símbolo da gratidão que o clube nutre pelo ex-jogador.