A Federação Francesa de Futebol (FFF) apresentou um plano ambicioso destinado a transformar profundamente o modelo de governança do futebol no país. Comandada por Philippe Diallo, a organização propôs a extinção da Liga Francesa (LFP), substituindo-a por uma nova estrutura empresarial que integraria a federação e os clubes como acionistas. Este projeto visa resolver as crises estruturais enfrentadas pelo esporte, introduzindo maior controle estatal, redistribuição equitativa de receitas e mecanismos mais modernos de gestão. Além disso, pretende-se implementar um novo sistema de fair play financeiro e criar um canal de televisão dedicado ao futebol francês.
O presidente da FFF, Philippe Diallo, destacou a gravidade das dificuldades enfrentadas pelo futebol profissional francês, classificando-as como "grave e estrutural". Para responder a essas questões, o plano sugere a criação de uma entidade que operará sob a forma de uma empresa, na qual a federação terá poder de veto em questões cruciais. Essa nova estrutura permitirá maior supervisão sobre a organização das ligas profissionais, garantindo transparência e equilíbrio entre os clubes. A proposta também inclui a representação de jogadores, treinadores e árbitros em um Conselho de Supervisão, promovendo uma abordagem mais inclusiva.
O cronograma prevê a entrada em vigor dessas mudanças a partir da temporada 2026/27. O plano busca alinhar o futebol francês com modelos internacionais bem-sucedidos, como o inglês, conhecido por sua eficiência e inovação. Ao mesmo tempo, busca reduzir a disparidade financeira entre times como o Paris Saint-Germain (PSG) e outras equipes menores, além de combater as crescentes dívidas de alguns clubes.
Senadores como Laurent Lafon e Michel Savin expressaram apoio à iniciativa, considerando-a uma oportunidade de reestruturar o futebol profissional francês de maneira sustentável. Eles já haviam proposto anteriormente um debate sobre a reorganização do setor, marcado para o dia 10 de junho.
Com esse plano, espera-se que o futebol francês não apenas fortaleça suas bases institucionais, mas também crie um ambiente mais justo e competitivo para todos os envolvidos. A transformação proposta pode ser vista como um marco na história do esporte no país, sinalizando uma nova fase de crescimento e desenvolvimento.