O presidente do Sporting, Frederico Varandas, enfrenta uma suspensão de 51 dias imposta pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). O castigo resultou de declarações públicas criticando a arbitragem portuguesa. A decisão foi reforçada após o Tribunal Central Administrativo do Sul indeferir uma providência cautelar solicitada por Varandas para interromper provisoriamente o castigo. Apesar disso, o clube já anunciou que recorrerá ao Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) na busca de anular ou modificar a sanção.

Em abril de 2025, surgiram tensões entre o líder leonino e as autoridades desportivas portuguesas. Tudo começou com uma entrevista em que Frederico Varandas questionou os critérios aplicados à arbitragem no futebol nacional, sugerindo tratamento diferenciado para o Sporting comparativamente aos seus rivais. Esta postura gerou uma queixa formal apresentada pela Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), culminando na punição financeira e na suspensão.

A defesa de Varandas argumentou que suas palavras estavam dentro dos limites da liberdade de expressão e não configuravam qualquer infração disciplinar. Contudo, o tribunal considerou que as declarações extrapolaram comentários técnicos sobre jogos e arbitragem, abordando questões sem base factual suficiente. Esse entendimento levou à rejeição tanto da providência cautelar quanto da alegação relacionada à liberdade de expressão.

Com isso, Frederico Varandas permanece suspenso e não poderá frequentar áreas técnicas nos próximos compromissos do clube. O caso agora segue para análise detalhada no Tribunal Arbitral do Desporto, onde o Sporting espera obter um desfecho mais favorável.

O episódio reflete a complexidade das relações entre dirigentes esportivos e órgãos reguladores. Enquanto o Sporting aposta em recursos legais para proteger seu presidente, a decisão atual sublinha a necessidade de equilíbrio entre crítica construtiva e conduta ética nas declarações públicas de figuras influentes no mundo do futebol.