A menopausa, fase marcante na vida das mulheres, frequentemente traz desafios físicos e emocionais. Apesar de avanços científicos significativos, muitas ainda evitam tratamentos hormonais por medo ou falta de orientação adequada. Uma pesquisa recente do British Menopause Society destaca que apenas 14% das mulheres aconselhadas utilizaram Terapia de Reposição Hormonal (TRH). Diante disso, especialistas como a dermatologista Gabriella Albuquerque têm desenvolvido estratégias não-hormonais com base em evidências científicas. Esses métodos promovem bem-estar e retardam o envelhecimento, oferecendo alternativas eficazes e seguras.
No coração dessa abordagem estão seis pilares fundamentais para um rejuvenescimento integral. O primeiro é manter a saúde mental, explorando práticas como terapia cognitivo-comportamental e meditação, que ajudam a gerenciar emoções complexas associadas à menopausa. A atividade física regular surge como outro pilar essencial, combatendo a sarcopenia — perda de massa muscular — que afeta particularmente pessoas idosas. Além disso, evitar substâncias prejudiciais, como cigarro e álcool, fortalece essa jornada de autocuidado.
Outro ponto crucial é a nutrição balanceada. Nutrientes específicos, incluindo zinco, cromo e magnésio, reduzem processos inflamatórios e melhoram a função metabólica. Alimentos ricos em carotenoides, como cenouras e folhas escuras, são importantes para a saúde da pele. Fitestrógenos também ganham espaço nessa lista, especialmente a soja, cujas isoflavonas atuam nos receptores de estrogênio, promovendo maior elasticidade cutânea e aliviando sintomas como fogachos.
O sexto pilar foca no rejuvenescimento íntimo, área frequentemente negligenciada. Mudanças como incontinência urinária e vaginite atrófica podem ser abordadas com tecnologias modernas. Lasers e ultrassom microfocado estimulam a regeneração celular e produção de colágeno, melhorando significativamente a qualidade de vida.
Adotar essas estratégias transforma a experiência da menopausa, tornando-a uma fase de renovação e vitalidade. Com escolhas conscientes e ferramentas adequadas, é possível atravessar essa transição natural com energia e autoestima intactas, provando que envelhecer saudavelmente é mais do que uma possibilidade — é uma decisão empoderadora.