O governo indiano reforçou sua decisão em relação à suspensão do Tratado do Rio Indo, notificando oficialmente o Paquistão sobre a imediata aplicação da medida. A justificativa apresentada menciona atos contínuos de terrorismo transfronteiriço como principal razão. Esta comunicação ocorreu logo após o Paquistão ameaçar rescindir todos os acordos bilaterais, incluindo o Pacto de Simla de 1972, que reconhece a Linha de Controle na região de Jammu e Caxemira. Além disso, o Paquistão anunciou a redução do pessoal diplomático indiano em sua alta comissão.
A correspondência enviada pelo Ministério da Recursos Hídricos da Índia destaca que a obrigação de honrar um tratado é fundamental para sua validade. No entanto, enfatiza que ao invés de cooperação, o país vizinho tem promovido ataques terroristas direcionados ao território da União Indiana de Jammu e Caxemira. Paralelamente, a carta ressalta que o Paquistão tem ignorado esforços indianos para resolver questões emergentes relacionadas a mudanças fundamentais desde a execução do tratado. Entre essas alterações estão a dinâmica demográfica significativamente modificada, a necessidade de acelerar o desenvolvimento de energias limpas e outros ajustes nos pressupostos subjacentes ao compartilhamento das águas.
Diálogo construtivo entre as nações é crucial para enfrentar desafios globais como segurança hídrica e energia sustentável. Neste contexto, a Índia sublinha que o terrorismo transfronteiriço tem gerado incertezas que impedem plenamente o uso de seus direitos sob o tratado. Além disso, o Paquistão está em descumprimento por não responder às solicitações de negociação conforme previsto no acordo. Em resposta, uma importante reunião sobre o tratado de água está agendada para sexta-feira na residência do Ministro do Interior Amit Shah, com a participação de ministros seniores, incluindo CR Patil do Ministério da Água.