O Papa Francisco foi enterrado na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, numa cerimónia reservada que marcou o início da visita pública ao seu túmulo a partir deste domingo. Ele escolheu esta localidade por sua proximidade espiritual, contrariando séculos de tradição papal. Além disso, preferiu um caixão simples de madeira revestido de zinco, desafiando protocolos antigos que exigiam múltiplas camadas de materiais preciosos.
Milhões de pessoas saudaram a passagem do féretro pelas ruas de Roma, num percurso que simbolizou a conexão entre o líder religioso e o povo comum. Autoridades globais prestaram homenagem na Praça de São Pedro, onde Portugal esteve representado por várias figuras políticas de destaque. Paralelamente, encontros internacionais marcaram o evento, incluindo um significativo encontro entre Trump e Zelensky.
No coração de Roma, o último desejo de Francisco tomou forma: ser sepultado na Basílica de Santa Maria Maior, longe das grandiosas tradições associadas à Basílica de São Pedro. Este gesto reflete sua personalidade modesta e sua conexão emocional com o lugar, frequentemente visitado antes e após suas viagens oficiais. A decisão rompe com mais de cem anos de precedentes, destacando-se como um tributo à simplicidade que ele tanto defendeu.
Francisco optou por um método de enterro que contrasta fortemente com as práticas tradicionais. Em vez de ser colocado em três caixões distintos, ele escolheu um único caixão de madeira, revestido de zinco. Essa escolha ecoa seus princípios de humildade e reforça sua visão de acessibilidade espiritual. O túmulo, localizado no chão de um nicho na nave lateral entre capelas históricas, estará disponível para visitação pública desde a manhã deste domingo, permitindo que os fiéis mantenham viva a memória do líder que se distinguiu pela sua abordagem inovadora.
Enquanto a cerimônia privada ocorria na Basílica, as ruas de Roma transformaram-se em um corredor de luto e respeito, com cerca de 150 mil pessoas acompanhando o trajeto de seis quilômetros do Vaticano até o local do sepultamento. A homilia realizada anteriormente na Praça de São Pedro atraiu um público ainda maior, reunindo 250 mil participantes. Representantes de 156 estados, incluindo chefes de Estado e Governo, estiveram presentes neste momento solene.
Portugal enviou uma delegação composta pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o Presidente da Assembleia da República, Aguiar Branco, o Primeiro-ministro, Luís Montenegro, e o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel. Durante o evento, houve um encontro diplomático notável entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky, juntamente com Emmanuel Macron e Keir Starmer. Este encontro breve, mas crucial, discutiu questões de importância global, sublinhando como o adeus a Francisco transcendeu fronteiras religiosas e políticas, unificando lideranças mundiais em torno de valores compartilhados.