Um estudante de pós-graduação da Universidade de Columbia, Mahmoud Khalil, enfrenta deportação após ser detido sem mandado em março. Nascido na Síria e residente legal nos EUA, Khalil foi preso sob alegações de risco de fuga. O Departamento de Segurança Interna afirmou que os agentes tinham autoridade para realizar prisões sem mandado quando suspeitas envolvem violações contra o país. No entanto, advogados do estudante argumentam que ele cooperou plenamente com as autoridades e que não há evidências que sustentem o risco de fuga.
O caso ganhou atenção internacional, especialmente porque o governo Trump busca deportar outros estudantes acusados de apoiar organizações consideradas terroristas. Khalil também solicitou asilo após uma decisão judicial permitindo sua deportação. Novas alegações surgiram sobre informações omitidas em sua aplicação de residência permanente, algo negado por seus advogados.
O episódio envolvendo Mahmoud Khalil gerou grande controvérsia devido à ausência de um mandado durante sua prisão. Apesar das alegações de risco de fuga feitas pelo DHS, vídeos mostram Khalil cooperando com os oficiais presentes. Este cenário levantou questões sobre a legalidade da abordagem realizada pelas autoridades de imigração.
A situação tornou-se mais complexa com as revelações de que os agentes informaram falsamente Khalil sobre a existência de um mandado de prisão. Seu time jurídico afirma que essa mentira compromete a validade da prisão e pede a desistência dos processos contra ele. Além disso, a falta de provas concretas sobre qualquer comportamento irregular por parte de Khalil enfraquece ainda mais o caso apresentado pelo governo federal. A defesa ressalta que Khalil demonstrou total cooperação desde o início da interação com as autoridades.
Além da questão da detenção, outras alegações foram levantadas contra Khalil, incluindo a suposta omissão de informações cruciais em sua solicitação de residência permanente. Essas acusações são rejeitadas pelos advogados do estudante, que forneceram documentos adicionais ao tribunal para refutar tais afirmações. Letras de colegas e professores judeus da Universidade de Columbia apoiam Khalil, atestando seu caráter e desmentindo acusações de antissemitismo.
O governo invocou duas bases legais para justificar a deportação de Khalil: a possibilidade de consequências adversas significativas para a política externa dos EUA e alegações de que Khalil omitiu detalhes sobre seu histórico profissional e atividades extracurriculares. Entretanto, essas acusações parecem basear-se em relatórios sensacionalistas de tablóides não verificados. Khalil agora busca liberdade sob fiança enquanto aguarda o desfecho de seu caso migratório. Seu pedido de asilo está selado devido à sensibilidade das informações envolvidas, mas continua sendo um elemento crucial no debate sobre suas condições de permanência nos Estados Unidos.