Um ex-juiz democrata, Joel Cano, e sua esposa Nancy foram detidos por agentes federais durante uma operação realizada em sua residência no Novo México. Eles enfrentam acusações de manipulação de evidências e abrigarem três indivíduos com supostas ligações ao grupo criminoso venezuelano Tren de Aragua. Um dos envolvidos, Cristhian Ortega-Lopez, foi preso por estar ilegalmente nos Estados Unidos. O caso é conduzido pela agência de investigação da Segurança Interna (HSI), vinculada à ICE.
O incidente ganhou destaque em meio às políticas migratórias rígidas implementadas pelo presidente Donald Trump após sua vitória nas eleições de 2024. A prisão do casal reforça as alegações do governo sobre conexões entre grupos opositores e atividades ilegais relacionadas à migração. Investigadores descobriram indícios de vínculos de Ortega-Lopez com armas e gangues, além de mensagens que conectavam suas atividades criminosas.
A investigação conduzida pelas autoridades desvendou uma série de irregularidades cometidas pelo ex-juiz e sua família. Entre elas está o envolvimento de Cristhian Ortega-Lopez com armamentos, facilitado supostamente por April Cano, filha de Joel. Além disso, documentos judiciais mostram que Ortega-Lopez foi inicialmente contratado para reparos na casa e acabou residindo na propriedade. Ele já havia sido detido anteriormente em dezembro de 2023 e liberado devido à superlotação de instalações prisionais.
Os detalhes emergentes destacam como a situação se deteriorou gradualmente. As autoridades encontraram postagens em redes sociais que ligavam Ortega-Lopez a múltiplas armas de fogo. Testemunhos indicam que ele não apenas possuía essas armas, mas também participava ocasionalmente de seu manuseio. A filha do ex-juiz permitiu esse comportamento, levantando questões sobre o papel familiar na promoção de tais atividades. Essas descobertas fortaleceram as acusações contra o casal Cano, incluindo a posse ilegal de armas e associação criminosa.
O caso tem repercussões significativas dentro do contexto político atual. A administração Trump utiliza eventos como este para justificar suas duras medidas de controle migratório. O presidente enfatiza que indivíduos ilegais envolvidos em crimes serão processados rigorosamente. A prisão do ex-juiz e sua esposa alimenta os argumentos de que figuras públicas podem estar comprometendo a segurança nacional ao facilitar atividades ilícitas.
Com a continuidade das investigações lideradas pela HSI, espera-se que mais informações venham à tona. Joel e Nancy Cano permanecem sob custódia no Centro de Detenção do Condado de Doña Ana enquanto aguardam o andamento judicial de suas acusações. Especialistas alertam que o caso pode servir como um exemplo para outros juízes e autoridades locais sobre os limites éticos e legais que devem ser respeitados. A pressão pública aumentará conforme surgirem novos desenvolvimentos, influenciando ainda mais o cenário político e migratório do país.