De acordo com uma fonte próxima à situação, cerca de 70% dos funcionários do Departamento de Direitos Civis do Ministério da Justiça dos Estados Unidos decidiram aceitar uma nova oferta que permite sua demissão, mas mantém o pagamento até setembro. A divisão emprega aproximadamente 340 pessoas, das quais mais de 200 são esperadas para aceitar a proposta. Esta saída em massa ocorre enquanto a divisão está sendo reestruturada para alinhar-se aos objetivos da administração Trump, como combater iniciativas de diversidade e inclusão, revisar políticas sobre direitos transgêneros e lutar contra o antissemitismo. Apesar disso, o Ministério da Justiça não comentou oficialmente as demissões.
O movimento reflete tensões internas entre os valores defendidos pelos ex-funcionários e as novas diretrizes impostas pela Administração Trump, liderada por Harmeet Dhillon. Dhillon, nomeada recentemente pelo Senado, expressou intenções de reformular a abordagem histórica do departamento, desviando seu foco tradicional na luta contra discriminações raciais e minoritárias para priorizar questões como o combate ao viés anti-cristão e ao antissemitismo.
A transformação estratégica tem gerado controvérsia. Em entrevistas recentes, Dhillon criticou práticas consideradas "ideologias acordadas" e enfatizou a necessidade de aplicar leis de direitos civis federais sem influências partidárias. Ela afirmou que aqueles que preferem perseguir departamentos policiais ou grupos pró-vida devem ser substituídos por profissionais comprometidos com um programa civil robusto.
Dhillon também mencionou a importância de realocar recursos para combater supostas formas de discriminação contra cristãos e outras comunidades religiosas. Essa postura foi celebrada pelo presidente Donald Trump, que destacou o histórico de Dhillon na defesa de liberdades civis durante sua carreira jurídica.
Com essa mudança drástica nas prioridades do departamento, espera-se que novos recrutamentos reflitam os valores da atual gestão, moldando um futuro onde as iniciativas de direitos civis sejam redirecionadas para temas alinhados com a agenda política da administração Trump. O impacto dessas decisões será observado nos próximos meses, à medida que a nova equipe implementa suas políticas.