O mercado financeiro global vive um momento de tensão enquanto aguarda o anúncio da nova abordagem comercial do presidente norte-americano Donald Trump. A falta de clareza em relação às regras e aos possíveis impactos das tarifas tem causado instabilidade nas bolsas de valores. "Estamos tentando entender qual será o campo de jogo, mas ainda não sabemos nem mesmo qual esporte estamos prestes a assistir", expressou Liz Ann Sonders, estrategista-chefe de investimentos da Charles Schwab, ao comentar sobre as incertezas.

A confusão gerada pelas preocupações com uma guerra comercial já dura semanas, afetando diretamente os índices futuros de ações nos Estados Unidos, que apontam para uma abertura modestamente negativa pouco antes do evento no Jardim Rosado da Casa Branca. Apesar das expectativas, Sonders alerta que talvez a tão esperada “Liberation Day” não traga alívio imediato. Mesmo após o desenho geral da política ser revelado, questões cruciais permanecerão sem resposta, como o comportamento dos consumidores e empresas, os efeitos na inflação e as possíveis intervenções do Federal Reserve.

Embora o cenário seja desafiador, especialistas indicam que se Trump optar por tarifas menos agressivas do que o pior caso previsto, pode haver uma breve recuperação positiva no mercado acionário. Art Hogan, estrategista-chefe de mercado da B. Riley Wealth Management, destaca que Wall Street está preparada para uma abordagem drástica, considerando a maneira desorganizada como as tarifas têm sido implementadas até agora. O desconforto persiste entre os investidores, pois parece que as diretrizes estão sendo definidas de forma improvisada. No entanto, essa situação reforça a importância de manter uma visão estratégica e adaptável em meio às flutuações econômicas.