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Mais de 500 escritórios de advocacia apoiam colegas em meio a ameaças à governança constitucional
2025-04-04

Na última sexta-feira, mais de 500 escritórios de advocacia declararam seu apoio solidário a alguns de seus pares que enfrentam dificuldades, argumentando que as recentes medidas do presidente Trump contra o setor jurídico colocam "uma grave ameaça ao sistema de governo constitucional e à própria regra de direito". Esses escritórios, totalizando 504, assinaram uma petição conjunta em defesa de Perkins Coie, o primeiro escritório afetado por uma ordem executiva que limitou suas operações. Embora um juiz tenha temporariamente bloqueado essa ordem, que comprometeu sua capacidade de representar contratantes do governo e restringiu o acesso a prédios federais, esforços ampliados estão sendo realizados para coletar assinaturas adicionais. Curiosamente, nenhum dos principais escritórios do ranking nacional por receita aderiu à iniciativa até agora.

A polêmica envolvendo as restrições impostas pelo governo Trump à indústria jurídica ganhou novos contornos com a ação movida por Perkins Coie contra a administração. O caso levantou preocupações sobre possíveis consequências para o funcionamento das leis no país. A decisão judicial provisória suspendeu momentaneamente os efeitos da ordem executiva, mas a situação ainda está sob análise para determinar se tal medida deve ser mantida permanentemente. Durante esse período, várias empresas jurídicas decidiram manifestar seu posicionamento formalmente por meio da assinatura da petição.

Embora algumas grandes firmas tenham hesitado em participar inicialmente, como as líderes em faturamento do mercado americano, outras importantes organizações jurídicas optaram por apoiar a causa. Entre elas destacam-se Covington & Burling e Arnold & Porter, além de WilmerHale e Jenner & Block, que também estão contestando judicialmente as decisões presidenciais. Esse movimento demonstra uma união crescente entre profissionais do direito em defesa da integridade institucional.

Adicionalmente, outras vozes influentes no campo jurídico se somaram ao coro de apoio a Perkins Coie. Organizações renomadas, como a União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) e o Instituto Cato, think tank libertário baseado em Washington, apresentaram suas próprias petições em solidariedade. Isso reflete não apenas o impacto econômico das medidas presidenciais, mas também as implicações éticas e legais associadas.

O cenário atual evidencia um momento crítico para o setor jurídico norte-americano, onde questões fundamentais relacionadas à independência profissional e ao respeito às normas legais estão sendo debatidas publicamente. As próximas etapas desse processo judicial poderão definir precedentes significativos para futuras interações entre o Poder Executivo e o ambiente legal corporativo nos Estados Unidos.

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