Milhares de manifestantes se reuniram em várias cidades dos Estados Unidos no último sábado durante uma série de protestos denominados "Mãos Fora". Organizados por ativistas democratas, os atos visavam mobilizar a população contra as políticas de imigração do governo Trump e as demissões em massa de funcionários federais conduzidas pelo Departamento de Eficiência Governamental. Os organizadores acusaram o presidente Donald Trump e o magnata da tecnologia Elon Musk de agirem como se "este país lhes pertencesse". Durante os protestos, cartazes com mensagens como "Lutar contra a Oligarquia" e "Unidade sobre Divisão" foram exibidos. Enquanto isso, líderes democratas presentes nos eventos enfatizaram a importância de proteger sindicatos, contratos e liberdades democráticas.
O evento chamado “Mãos Fora” ocorreu simultaneamente em diversas localidades ao redor do país, incluindo Washington, Boston, Los Angeles e Filadélfia. Em meio às manifestações, surgiram críticas diretas ao papel de Elon Musk dentro do governo federal. Desde janeiro, Musk lidera o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), anteriormente conhecido como Serviço Digital dos EUA. Sob sua gestão, milhares de trabalhadores federais foram dispensados abruptamente, resultando em ondas contínuas de protestos. Essas medidas têm causado preocupação sobre a estabilidade do governo, especialmente após incidentes envolvendo deportações acidentais e operações de imigração controversas.
No distrito de Columbia, discursos inflamados ecoaram pelas ruas enquanto figuras políticas destacadas, incluindo membros do Congresso Democrata, incentivavam os manifestantes. Everett B. Kelley, presidente da Federação Americana de Funcionários do Governo, afirmou que não permitiriam que suas uniões fossem silenciadas ou seus direitos violados. Ele ressaltou a necessidade de resistência para preservar tanto os contratos quanto as liberdades democráticas fundamentais. As palavras de Kelley refletiram um sentimento generalizado entre os manifestantes de que a atual administração está comprometendo valores essenciais do país.
Além das fronteiras norte-americanas, demonstrações similares ocorreram em Paris, Berlim e Lisboa, Portugal, ampliando o alcance global do movimento. Estes protestos internacionais reforçaram as preocupações globais sobre as implicações das decisões tomadas pela administração Trump e Musk. A resposta oficial da Casa Branca ainda não foi divulgada, mas Musk, através de uma rede social, sugeriu que aqueles financiando os protestos poderiam enfrentar consequências legais. Tal comentário gerou mais tensão em torno do tema.
Recentemente, o aumento das operações de deportação e prisão de estudantes estrangeiros em universidades renomadas tem alimentado o descontentamento público. Um caso notável envolveu a deportação acidental de um residente legal permanente para El Salvador, levantando questões sobre a eficácia e moralidade das práticas implementadas. Este cenário complexo coloca em evidência não apenas os desafios enfrentados pelos imigrantes, mas também a pressão crescente sobre o governo para reconsiderar suas estratégias.
A mobilização dos últimos dias revela uma crescente insatisfação com as políticas vigentes, destacando a urgência de encontrar soluções que equilibrem eficiência governamental com justiça social. Manifestantes e líderes políticos continuam defendendo uma abordagem inclusiva e transparente, enquanto o debate sobre o futuro da administração pública norte-americana permanece em destaque na arena política internacional.