Com um retorno triunfal e polêmico em 2024, a silhueta balonê está novamente dominando as passarelas globais. Originada nos anos 1950 e revitalizada nas décadas de 1980, essa tendência exuberante agora se apresenta em versões modernas e diversificadas, desde roupas esportivas até peças conceituais extravagantes. Criadores como Nicolas Ghesquière da Louis Vuitton, Marc Jacobs e Duran Lantink redefinem o conceito com cortes minimalistas e maximalistas. A pergunta que surge é: como adaptar essa moda para o cotidiano? Laia Garcia-Furtado, editora sênior da Vogue Runway, explora esse desafio estilístico.
No início deste ano, uma nova interpretação da silhueta volumosa invadiu os desfiles internacionais. Em meio às coleções de 2025, criadores renomados deram vida a propostas que vão do ultrafeminino ao esportivo. Por exemplo, na Louis Vuitton, Nicolas Ghesquière reinventou vestidos curtos com proporções arredondadas que lembram a elegância dos anos anteriores. Já Marc Jacobs apostou em volumes mais dramáticos, enquanto Dries Van Noten explorou calças amplas com toques boho-chic.
Em um contexto mais contemporâneo, Cynthia Merhej da Renaissance Renaissance introduziu combinações duplamente impactantes, onde tanto a parte superior quanto inferior possuem barras infladas. Para quem busca abordagens mais discretas, mangas bufantes ou moletom com barra ampliada podem ser ótimas opções. No entanto, o segredo reside na harmonização das proporções. Combinações com peças ajustadas ou minimalistas garantem equilíbrio visual, permitindo que o volume seja o ponto focal do look.
Em uma temporada de transição, como o outono, complementos como meias-calça ajudam a suavizar o contraste entre o calor e o frio, sem comprometer o estilo. Além disso, escolhas estratégicas sobre a altura da cintura — alta ou baixa — oferecem diferentes perspectivas visuais, valorizando formas individuais.
Do ponto de vista prático, vestidos curtos são ideais para ocasiões noturnas, enquanto peças leves como camisas e túnicas podem ser facilmente integradas ao dia a dia.
Como jornalista de moda, percebo que essa tendência não apenas celebra a diversidade estética, mas também encoraja uma relação pessoal e criativa com o vestuário. Ao aceitar ou recusar certas peças, estamos exercendo nossa autonomia e individualidade. Não é necessário seguir todas as tendências; o importante é encontrar aquelas que ressoam com nosso estilo único. Assim, a moda balonê não só enriquece nossas opções, mas também nos convida a brincar e experimentar com confiança.