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Ordem Executiva dos EUA Desafia Regras Internacionais para Exploração de Minerais no Mar Profundo
2025-04-25

O presidente Donald Trump emitiu uma ordem executiva controversa destinada a acelerar a mineração no mar profundo tanto nas águas americanas quanto internacionais. Essa decisão busca fortalecer o acesso dos Estados Unidos a minerais essenciais utilizados nos setores de tecnologia espacial, saúde e energia limpa. Apesar disso, muitos países e grupos ambientais se opõem à exploração desses recursos sem estudos mais detalhados sobre os impactos ambientais. A medida parece ignorar as negociações da ONU sobre a mineração no mar profundo, levando a críticas de que viola o direito internacional.

A Controvérsia Sobre a Mineração no Mar Profundo

No outono dourado do hemisfério norte, o governo americano lançou uma nova estratégia para liderar globalmente a exploração responsável de minerais submarinos. A iniciativa visa aumentar a competitividade econômica dos EUA frente à China, líder mundial na produção de terras raras e metais críticos como cobalto e lítio. Com esta ordem, Washington pretende acelerar a concessão de licenças de exploração tanto em suas águas territoriais quanto em áreas além da jurisdição nacional.

Estima-se que essa atividade poderia gerar um aumento de US$ 300 bilhões no PIB do país ao longo de dez anos e criar cerca de 100 mil empregos. No entanto, a União Europeia, Reino Unido e outros países apoiam uma moratória até que mais pesquisas científicas sejam realizadas. Ambientalistas alertam para os riscos à biodiversidade marinha ainda desconhecida e ressaltam que os danos não se limitam ao fundo do oceano, mas afetam toda a coluna de água.

De acordo com especialistas, as rochas polimetais no abismo levam milhões de anos para se formar, tornando sua reposição praticamente impossível após serem extraídas. Enquanto isso, empresas mineradoras como The Metals Company já estão negociando permissões com o governo americano, com planos de iniciar operações ainda este ano.

Por outro lado, defensores da indústria argumentam que o impacto ambiental seria menor do que outras formas de mineração terrestre, citando baixa concentração de vida no fundo oceânico.

Um estudo recente conduzido pelo Museu de História Natural e pelo Centro Nacional de Oceanografia revelou que algumas criaturas marinhas conseguiram recolonizar áreas testadas na década de 1970, mas animais maiores não retornaram devido à ausência das rochas metálicas.

Da perspectiva de um jornalista, esta controvérsia ilustra o conflito crescente entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental. Embora os Estados Unidos busquem reduzir sua dependência de fornecedores estrangeiros de minerais estratégicos, é crucial considerar cuidadosamente as consequências de longo prazo para ecossistemas frágeis. Este debate reforça a necessidade de encontrar soluções sustentáveis que equilibrem progresso tecnológico e responsabilidade ambiental.

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