Equipes de resgate chinesas libertaram seis pessoas das ruínas causadas por um terremoto devastador em Myanmar, incluindo uma criança e uma mulher grávida. Este esforço coloca Pequim à frente de uma resposta internacional liderada por outros países como Índia, Malásia e Rússia, enquanto os Estados Unidos permanecem ausentes. O governo militar de Myanmar informa que o número de mortos já ultrapassa 1.700, com expectativa de aumento. Apesar da promessa de assistência financeira dos EUA, críticos argumentam que cortes no orçamento para ajuda externa podem enfraquecer a influência global do país.
A resposta internacional ao terremoto em Myanmar tem sido marcada pela atuação decisiva de várias nações, especialmente a China. No domingo, uma equipe composta por 118 resgatistas chineses chegou ao local do desastre, equipada com cães de busca e veículos especializados. Eles se uniram aos 82 membros que já haviam chegado no dia anterior. Cenas transmitidas pela mídia estatal mostraram resgates dramáticos, como o de uma menina de cinco anos retirada das ruínas de um prédio desabado em Mandalay.
Enquanto isso, equipes russas também entraram em ação, enviando 20 resgatistas, além de três aviões, incluindo um hospital aéreo móvel. A complicação adicional reside na guerra civil que assola Myanmar, dificultando ainda mais o transporte de suprimentos essenciais. As estradas danificadas, pontes destruídas e comunicações instáveis tornam a operação ainda mais árdua. Apesar disso, o governo militar aceitou ajuda internacional, convidando qualquer país interessado a participar dos esforços de socorro.
No entanto, a ausência dos Estados Unidos é notável. Embora tenha prometido até 2 milhões de dólares através de organizações humanitárias locais, nenhuma equipe americana foi vista no local do desastre. Isso ocorre em meio a reduções significativas no orçamento de ajuda externa do país, sobretudo durante a administração Trump. Críticos apontam que tais cortes podem criar oportunidades para governos autoritários, como China e Rússia, ampliarem sua influência global.
Paralelamente, na capital tailandesa, Bangcoc, equipes trabalham incansavelmente para salvar vidas após o colapso de um edifício em construção de 33 andares. Até segunda-feira, 12 corpos haviam sido recuperados, com mais de 70 trabalhadores ainda desaparecidos. Equipamentos avançados detectaram sinais vitais fracos sob os escombros, mantendo as esperanças vivas entre os resgatistas. Autoridades destacaram que cada segundo conta na busca por sobreviventes.
Os desafios enfrentados no terreno em Myanmar refletem não apenas a magnitude do desastre natural, mas também as tensões geopolíticas subjacentes. À medida que o tempo passa, a necessidade de uma resposta coordenada e eficaz aumenta, destacando a importância da cooperação internacional em momentos de crise. A presença de diversos países no resgate demonstra a capacidade coletiva de transcender barreiras políticas em prol do bem-estar humano.