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Rússia Excluída de Lista de Tarifas dos EUA: Implicações e Reações
2025-04-03

Embora o presidente Donald Trump tenha imposto tarifas sobre diversos parceiros comerciais dos Estados Unidos, a Rússia foi deixada de fora. Isso ocorre porque as sanções já existentes contra Moscou tornam qualquer comércio significativo impossível. Países como Cuba, Bielorrússia e Coreia do Norte também foram excluídos por razões similares. No entanto, nações com ainda menos intercâmbio comercial, como Síria, aparecem na lista. As tensões entre os dois países persistem desde que os EUA aplicaram grandes sanções após a invasão da Ucrânia em 2022. Paradoxalmente, a Ucrânia agora enfrenta uma tarifa de 10% sobre suas exportações para os EUA, apesar do apoio material recebido durante a guerra.

O Contexto das Sanções Americanas à Rússia

As sanções econômicas americanas contra a Rússia têm limitado substancialmente o comércio bilateral, eliminando a necessidade de novas tarifas. Ainda assim, essa decisão gerou reações mistas tanto nos meios oficiais quanto na mídia russa. O governo americano justificou sua posição argumentando que não há trocas comerciais significativas com Moscou e Minsk, dadas as restrições atuais.

A exclusão da Rússia da lista de tarifas revela uma complexa dinâmica geopolítica. Desde o início da guerra na Ucrânia, as sanções ampliaram-se consideravelmente, afetando setores-chave como fertilizantes, combustível nuclear e alguns metais. Esses produtos constituem a maior parte das importações americanas da Rússia, avaliadas em cerca de $3,5 bilhões em 2024. Enquanto isso, representantes russos afirmam que a ausência no rol de tarifados não significa tratamento especial, mas sim reflexo das barreiras já estabelecidas. Curiosamente, veículos pró-Kremlin adotaram um tom irônico, comparando aliados europeus aos "sérvios" que só sabem reclamar.

Impactos nas Relações Comerciais com a Ucrânia

Apesar de ser um aliado estratégico dos EUA, a Ucrânia terá que lidar com uma nova tarifa de 10% sobre suas exportações ao país. Esse movimento impactará principalmente pequenos produtores ucranianos, conforme destacado pela primeira vice-primeira-ministra Yulia Svyrydenko. Apesar disso, as autoridades ucranianas estão buscando melhores condições comerciais.

A decisão de impor tarifas à Ucrânia contrasta com o apoio financeiro e militar substancial oferecido pelos EUA durante o conflito com a Rússia. Estimativas indicam que Washington gastou entre $300 e $350 bilhões em assistência, embora o Departamento de Defesa calcule oficialmente $182,8 bilhões destinados à Operação Atlantic Resolve. Além disso, negociações estão em andamento para permitir o acesso a minerais ucranianos como parte de um possível acordo para encerrar a guerra. Para muitos observadores, este cenário reflete a delicada balança entre interesses comerciais e alianças políticas.

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