De 22 a 26 de abril, Maceió se transformará no palco da maior mobilização global em favor de uma moda ética e responsável. Sob o tema "Pense global, aja local", o evento convida a população a refletir sobre os impactos sociais, culturais e ambientais do setor têxtil, promovendo práticas conscientes enraizadas na cultura local. A programação gratuita inclui atividades diversas como oficinas criativas, debates especializados, exibição de documentários e trocas colaborativas.
Com eventos distribuídos por espaços emblemáticos da cidade, como o Centro Cultural Arte Pajuçara e a Escola Técnica de Artes (ETA) da Ufal, a iniciativa também conta com a parceria do Desapego Milanur e do Mercado do Artesanato. Coordenada pela professora Pollyanna Isbelo, representante do movimento na região, a Semana Fashion Revolution busca despertar reflexões fundamentais sobre as origens das roupas que vestimos e como elas afetam nossa sociedade.
O evento tem como objetivo central estimular a reflexão coletiva sobre o impacto social e ambiental da indústria da moda contemporânea. Por meio de perguntas provocativas, como “Quem fez minhas roupas?” e “Do que são feitas minhas roupas?”, pretende-se desvendar aspectos frequentemente invisíveis para o consumidor final. Essa abordagem não apenas revela os bastidores dessa indústria, mas também incentiva um consumo mais responsável e consciente.
No contexto atual, onde a sustentabilidade é cada vez mais essencial, a Semana Fashion Revolution em Maceió oferece uma plataforma única para discutir esses temas. Durante os encontros, especialistas como Adenise Ribeiro, Fabricy Carneiro e João Quintino compartilham suas perspectivas em rodas de conversa. Além disso, ações práticas, como o café colaborativo e a troca de roupas, permitem que os participantes experimentem alternativas sustentáveis de forma direta. A ideia é reforçar que questionar é o primeiro passo rumo à mudança, incentivando a construção de novas narrativas para o setor têxtil.
Outro destaque do evento é sua ênfase nas práticas locais e na valorização dos saberes ancestrais. Espaços como o Mercado do Artesanato e a Escola Técnica de Artes (ETA) da Ufal tornam-se cenários perfeitos para promover discussões e capacitações voltadas ao artesanato alagoano. Essas atividades formativas buscam fortalecer a identidade cultural enquanto oferecem ferramentas práticas para os artesãos locais.
Por exemplo, no dia 24 de abril, será realizado um bate-papo sobre moda, artesanato e segurança jurídica, conduzido por Mila Madeira. No dia seguinte, a oficina “O fio ensina: mãos que constroem ponto a ponto” proporcionará aos artesãos do espaço uma experiência prática guiada por Thalita Almeida. Essas iniciativas exemplificam como a união entre tradição e inovação pode gerar impactos positivos tanto para os profissionais quanto para a comunidade em geral. A colaboração ativa dos estudantes Amanda Taís, Daniela Olganez, Emerson Albuquerque e Talitha Demenjour reforça ainda mais o protagonismo juvenil nesse processo de transformação social. Assim, a Semana Fashion Revolution não apenas questiona o presente, mas também aponta caminhos possíveis para um futuro mais justo e sustentável.