As narrativas das princesas da Disney são amplamente reconhecidas por sua magia e personagens marcantes. Um elemento recorrente, no entanto, é a ausência de figuras maternas, que não é coincidência, mas sim uma estratégia narrativa cuidadosamente planejada. Don Hahn, produtor executivo de produções icônicas como "A Bela e a Fera" e "O Rei Leão", revelou as razões por trás dessa característica peculiar. Essa escolha abrange tanto aspectos práticos quanto influências pessoais do próprio Walt Disney.
O produtor explica que a exclusão das mães tem um propósito funcional: simplificar os enredos em filmes com duração limitada, permitindo que os protagonistas enfrentem desafios mais cedo e desenvolvam suas trajetórias de maneira acelerada. Além disso, essa decisão pode estar ligada a um evento traumático na vida de Walt Disney, quando sua mãe faleceu em consequência de um vazamento de gás após se mudar para uma casa comprada por ele. Esse episódio doloroso pode ter influenciado o modo como as mães são retratadas ou omitidas nas histórias da Disney.
O impacto emocional dessa ausência vai além da construção dos personagens principais. Ela cria espaço para outros personagens desempenharem papéis importantes no crescimento dos protagonistas, tornando as histórias mais universais e acessíveis ao público global.
A decisão narrativa de eliminar figuras maternas serve a múltiplos propósitos. Desde facilitar o desenvolvimento das tramas até refletir experiências pessoais do fundador da Disney, esta característica contribui para temas centrais como perda e amadurecimento.
A falta de representação materna nas produções da Disney não apenas molda a estrutura das histórias, mas também amplifica o crescimento emocional dos personagens. A exclusão dessas figuras permite que outras relações, como amizades e mentorias, ganhem destaque, fortalecendo ainda mais as narrativas. Assim, essas obras continuam encantando plateias de todas as idades, oferecendo lições profundas sobre superação e responsabilidade.