Após declarações do presidente norte-americano, Donald Trump, expressando sua irritação com o líder russo Vladimir Putin, o Kremlin tenta minimizar as tensões crescentes. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que a cooperação com os Estados Unidos continua em andamento, especialmente no fortalecimento das relações bilaterais. Contudo, o desentendimento surgiu quando Putin questionou a credibilidade do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, levando Trump a ameaçar tarifas de 50% sobre países que compram petróleo russo caso não haja um cessar-fogo.
A mudança na postura de Trump para com Putin ocorreu após sugestões russas de formação de um governo interino na Ucrânia, respaldado pela ONU, o que poderia afastar Zelensky do poder. Apesar disso, Moscou mantém aberta a possibilidade de uma conversa entre os presidentes se necessário, enquanto jornais pró-Kremlin criticaram Trump por não cumprir compromissos relacionados à infraestrutura energética russa.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, reiterou que as negociações com os Estados Unidos seguem em curso, focadas em construir uma relação sólida e produtiva. Apesar das recentes críticas públicas de Trump contra Putin, o Kremlin está determinado a manter o canal de comunicação ativo, sem permitir que as palavras trocadas prejudiquem as discussões sobre questões estratégicas internacionais.
Peskov destacou que não há planos imediatos para uma chamada telefônica entre Putin e Trump nesta semana, mas o líder russo permanece disponível para uma conversa caso seja essencial. Além disso, ele argumentou que algumas declarações de Trump durante entrevistas foram parcialmente reinterpretadas ou distorcidas, enfatizando a necessidade de clareza nas mensagens diplomáticas. A intenção do Kremlin é preservar a estabilidade nas relações, evitando que disputas momentâneas desencadeiem rupturas irreparáveis.
As tensões entre Washington e Moscou também encontraram eco na mídia russa alinhada ao governo. Publicações como o jornal Moskovsky Komsomolets passaram a emitir opiniões mais críticas em relação a Trump, sugerindo que suas promessas de cooperação não têm sido cumpridas integralmente. Especificamente, mencionaram falhas no controle de ataques ucranianos contra infraestruturas energéticas russas, o que gerou frustração dentro do círculo governamental russo.
Embora o tom tenha se tornado mais duro em alguns setores da mídia russa, o governo ainda demonstra disposição em negociar com os Estados Unidos. Para o Kremlin, é vital garantir que as divergências momentâneas não comprometam acordos futuros, particularmente em áreas sensíveis como a segurança regional e econômica. Nesse contexto, o equilíbrio entre crítica e colaboração torna-se crucial para ambos os lados, buscando soluções viáveis para conflitos internacionais complexos.