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A Toga: Um Símbolo de Continuidade e Autoridade
2025-04-22

Um elemento marcante da tradição jurídica brasileira, a toga, mantém sua posição como um símbolo visual poderoso. Apesar das mudanças ao longo do tempo, o uso deste traje permanece enraizado nos regulamentos internos do Supremo Tribunal Federal (STF). Este artigo explora a evolução histórica da toga, desde suas origens latinas até seu papel moderno em cerimônias solenes, destacando também as peças preservadas no Museu Ministro Sepúlveda Pertence.

A palavra "toga" deriva do latim, referindo-se à extensão do tecido que quase toca o chão, simbolizando grandiosidade e formalidade. Nos primórdios do STF, os regimentos exigiam tanto a beca quanto o capelo para ocasiões oficiais. Atualmente, a normativa foi adaptada, tornando obrigatória apenas nas sessões mais importantes a vestimenta completa. Em outras ocasiões, a simples capa é suficiente.

O Museu descreve detalhadamente a importância deste uniforme. Durante momentos decisivos, como posse ou celebrações institucionais, a toga assume um papel central na Praça dos Três Poderes. Ela não apenas padroniza a aparência dos magistrados, mas também reforça a ideia de uma instituição imutável ao passar dos anos.

No acervo do Museu Ministro Sepúlveda Pertence, estão registrados exemplos significativos desta tradição. Uma das peças mais notáveis é a toga do ministro Carlos Thompson Flores, fabricada pela famosa Casa Sucena, no Rio de Janeiro. Além disso, está documentada a toga usada pelo ministro Francisco Rezek em Haia, vinculando práticas locais às internacionais. A coleção ainda inclui a toga da ministra Ellen Gracie, um marco histórico com a chegada das mulheres à liderança da Corte.

Assim, a toga transcende sua função meramente estética, transformando-se num testemunho vivo da história e da evolução do judiciário brasileiro. Seja em cerimônias formais ou exposta em museus, ela continua sendo um símbolo incontestável de autoridade e continuidade institucional.

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