Em um resultado inesperado para muitos, Susan Crawford venceu a corrida judicial no estado do Wisconsin, derrotando o republicano Brad Schimel. Apesar de Elon Musk ter investido pelo menos 20 milhões de dólares em apoio ao adversário, o triunfo de Crawford consolidou sua posição como a sétima juíza da Suprema Corte do Wisconsin. Este pleito, aparentemente não-partidário, teve amplas repercussões políticas e destacou-se como a disputa judicial mais cara dos Estados Unidos até hoje.
No calor do outono, com folhas douradas caindo em Green Bay, uma multidão reuniu-se para ouvir o bilionário Elon Musk defender Brad Schimel. Durante o evento, Musk, usando um chapéu em formato de queijo, distribuiu cheques simbólicos de um milhão de dólares a dois eleitores, enfatizando a importância estratégica da vitória de Schimel para moldar o futuro da civilização ocidental. Contudo, horas após o fechamento das urnas, Susan Crawford foi declarada vencedora por uma margem confortável de dez pontos percentuais.
A campanha chamou atenção nacional quando o presidente Donald Trump endossou Schimel, participando de um teleconferência de dez minutos uma semana antes do dia da eleição. Mesmo assim, os esforços combinados não foram suficientes para superar o movimento crescente em favor de Crawford. A disputa também refletiu as divisões ideológicas no tribunal supremo do Wisconsin, onde três liberais enfrentavam três conservadores.
Musk reconheceu publicamente sua expectativa de derrota nas redes sociais, mencionando que perder poderia trazer vantagens posicionais maiores. Sua generosa contribuição financeira transformou essa eleição em um marco histórico, ultrapassando qualquer outra corrida judicial nos Estados Unidos em termos de gastos.
Como resultado, a vitória de Crawford marca um momento crucial para o equilíbrio político do tribunal estadual.
Do ponto de vista de um jornalista observador, esta eleição demonstra a complexidade das dinâmicas políticas contemporâneas. Embora recursos financeiros possam ser significativos, eles não garantem automaticamente o sucesso eleitoral. Este caso serve como um lembrete de que o engajamento comunitário autêntico e a conexão pessoal podem ser forças igualmente poderosas. O desfecho desta batalha política no Wisconsin oferece uma lição valiosa sobre a resiliência democrática e a influência limitada do dinheiro em certos contextos eleitorais.