O governo Trump iniciou uma semana de celebrações marcando os primeiros 100 dias do mandato, destacando conquistas na área de controle de fronteiras. A administração apresentou números impressionantes sobre deportações e prometeu continuar com o que chama de "sucesso sem precedentes". Apesar das críticas e resultados negativos nas pesquisas mais recentes, a equipe da Casa Branca está determinada a projetar uma imagem positiva desse período inicial. O foco principal tem sido nas políticas de imigração, um tema central para o presidente.
A administração de Donald Trump tem colocado esforços significativos no fortalecimento das medidas de segurança nas fronteiras americanas. Na segunda-feira, o cenário foi definido com placas exibindo retratos de imigrantes acusados de crimes graves posicionadas estrategicamente no gramado da Casa Branca. Tom Homan, conselheiro-chefe de questões de fronteira do presidente, afirmou que as realizações nessa área têm sido extraordinárias e que o trabalho continuará com toda a energia possível. Essa postura reflete uma campanha ampla de deportação que a administração pretende implementar.
De acordo com dados fornecidos pela Casa Branca, aproximadamente 139 mil pessoas já foram removidas desde o início do mandato. Esses números, porém, são questionados quando comparados ao desempenho anterior sob a presidência democrata de Joe Biden. Ainda assim, autoridades ligadas a Trump rejeitam tais comparações, citando diferenças nos fluxos migratórios atuais. Karoline Leavitt, secretária de imprensa da Casa Branca, mencionou durante uma coletiva de imprensa que a administração está apenas começando a maior campanha de deportação da história americana.
Além disso, eventos paralelos ocorrerão para consolidar essa mensagem. Mais tarde na mesma segunda-feira, Leavitt conduziu uma sessão exclusiva para influenciadores digitais alinhados com Trump, onde respostas simpáticas foram dadas e aplausos encerraram a apresentação. O calendário inclui ainda um comício planejado para Michigan e uma cerimônia de formatura na Universidade do Alabama, ambos visando destacar os avanços alcançados pelo governo.
Embora Trump tenha expressado satisfação com sua posição atual, afirmando-se mais poderoso nesta segunda passagem pela Casa Branca, pesquisas indicam que muitos americanos não concordam plenamente com suas prioridades. Um levantamento da AP-NORC revela que quase o dobro dos entrevistados acredita que ele se concentrou nos temas errados. Mesmo entre republicanos, há divisões consideráveis sobre as diretrizes adotadas até agora.
Apesar das dificuldades percebidas em algumas áreas, a administração continua otimista quanto à eficácia das políticas de imigração. Executivos como Homan enfatizam que a queda drástica no número de travessias ilegais representa um sucesso precoce importante. Além disso, estão previstas assinaturas de ordens executivas adicionais relacionadas à questão migratória, reforçando ainda mais as intenções declaradas por Trump.
Enquanto a administração busca moldar uma narrativa favorável aos seus primeiros cem dias, é evidente que desafios persistentes permanecem no horizonte. As próximas etapas da política de deportação e as reações públicas continuarão sendo pontos cruciais para avaliar o impacto real dessas decisões iniciais. Com planos ambiciosos e uma abordagem firme, Trump espera transformar esses primeiros meses em uma base sólida para seu legado político.