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Conflito Político Sobre Votação Remota para Novos Pais Divide Partido Republicano
2025-04-01

A deputada republicana Anna Paulina Luna criticou membros do grupo conservador House Freedom Caucus, acusando-os de colocar o presidente da Câmara, Mike Johnson, em uma situação de "refém" devido à oposição ao projeto que propõe votação remota para novos pais. A medida busca alterar as regras da Câmara para permitir votação por procuração a pais recém-chegados, tanto mães quanto pais, durante até 12 semanas após o nascimento de um bebê. Este tema tem gerado divisões profundas entre os republicanos, com líderes partidários argumentando que tal prática seria inconstitucional e poderia abrir precedentes indesejados.

Luna expressou sua frustração em entrevista à CNN, mencionando que um pequeno grupo dentro do Freedom Caucus está ameaçando paralisar o andamento das sessões legislativas independentemente da agenda proposta, incluindo itens prioritários do governo. Apesar disso, ela reconheceu que há membros honrados no caucus, mas afirmou que não participará dos jogos políticos promovidos por uma facção desonesta.

O conflito reflete tensões internas sobre questões procedimentais e direitos familiares. Luna, juntamente com a deputada democrata Brittany Pettersen, está utilizando métodos pouco comuns, como uma petição de descarga, para tentar levar o projeto diretamente ao plenário caso obtenha apoio suficiente. No entanto, espera-se que a Câmara vote já na próxima terça-feira sobre uma emenda que bloquearia essa manobra procedural.

Embora alguns legisladores republicanos sejam discretamente contrários à ideia de votar contra os direitos dos novos pais no Congresso, ainda é incerto se os líderes do partido conseguirão os votos necessários para impedir a medida. Caso os líderes republicanos optem por não agir, a proposta de Luna provavelmente será levada ao plenário nos próximos dias, beneficiando-se do poder especial da petição de descarga.

Anna Paulina Luna demonstrou confiança em sua vitória, mas sugeriu que poderá expandir seus esforços caso Johnson consiga barrar o projeto. Por outro lado, Pettersen expressou incerteza sobre obter os votos necessários para prevalecer na votação de terça-feira. Ela enfatizou que apesar das dificuldades, o apoio necessário pode ser alcançado, considerando a relevância da questão para garantir que colegas grávidas possam exercer seu direito ao voto.

Enquanto muitos republicanos, incluindo Johnson, utilizaram votação por procuração durante a pandemia, agora argumentam que tal prática viola a Constituição. Para Johnson, a permissão para votação remota poderia desencadear mudanças drásticas no funcionamento da Câmara, possibilitando futuramente votações inteiramente remotas ou mesmo por inteligência artificial.

A controvérsia envolvendo a votação por procuração destaca diferenças significativas entre os defensores de reformas mais flexíveis e aqueles que priorizam a preservação estrita das tradições institucionais. O resultado desta disputa política pode influenciar não apenas o futuro imediato da proposta, mas também a dinâmica interna do Partido Republicano e suas abordagens em questões familiares e procedimentais.

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