O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou tarifas recíprocas em um evento no Rose Garden, mas diferenças surgiram entre os números apresentados em sua exibição e aqueles detalhados em um anexo oficial da Casa Branca. Essa inconsistência afetou ao menos 14 economias globais. Enquanto o anexo inicial mostrava taxas levemente mais altas do que as apresentadas por Trump, a Casa Branca revisou esses valores para alinhar-se com os dados expostos durante a cerimônia. O decreto presidencial estabeleceu uma tarifa universal de 10% para todos os parceiros comerciais a partir de 5 de abril, com ajustes específicos quatro dias depois.
No outono político de Washington, emergiu uma discrepância notável entre os dados fornecidos na apresentação de Trump e o anexo formal da Casa Branca. Em relação à Índia, por exemplo, enquanto a apresentação indicava uma tarifa de 26%, o anexo original apontava para 27%. Esta diferença também foi observada em outros países como Coreia do Sul, Botsuana, Camarões, Malawi, Nicarágua, Noruega, Paquistão, Filipinas, Sérvia, África do Sul, Tailândia, Vanuatu e Ilhas Malvinas. Após a controvérsia, a Casa Branca corrigiu as taxas no anexo para refletir as cifras mais baixas vistas nas tabelas de Trump.
Além disso, algumas regiões ultramarinas anteriormente incluídas nas tabelas foram omitidas do anexo final. A ilha da Reunião, território francês no Oceano Índico, inicialmente marcada com tarifas de 37%, não apareceu no documento oficial. Territórios como São Pedro e Miquelão (França) e Ilha Norfolk (Austrália) também foram excluídos, deixando suas respectivas nações-mãe sob tarifas diferentes: 20% para a França (como membro da UE) e 10% para a Austrália.
Um oficial da Casa Branca confirmou que as taxas especificadas no anexo serão implementadas conforme anunciado.
Do ponto de vista de um jornalista, este incidente demonstra a complexidade das políticas econômicas globais e como pequenas inconsistências podem gerar confusão generalizada. Ele reforça a necessidade de maior precisão e transparência em documentos oficiais, especialmente quando tratam de questões tão sensíveis quanto as tarifas comerciais internacionais. Este caso serve como um lembrete importante sobre a importância da comunicação clara entre o governo e o público global.