notícias
Ameaças de Tarifas Afetam Relações Internacionais e Movimentam Mercados
2025-03-24

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou recentemente as tensões comerciais ao ameaçar impor tarifas de 25% sobre importações americanas de países que continuarem a adquirir petróleo da Venezuela. Essa medida, descrita como uma "tarifa secundária", tem como objetivo punir o país sul-americano por razões múltiplas. Paralelamente, Trump indicou uma possível flexibilização em suas políticas de tarifação para outras nações, levando os mercados a reagirem positivamente. A declaração pareceu confirmar relatórios anteriores sobre a redução das taxas previstas para serem anunciadas em 2 de abril.

Embora anteriormente tenha defendido um sistema recíproco de tarifas, onde "eles cobram, nós cobramos", Trump agora sugere uma abordagem mais branda. Em vez disso, ele propôs aplicar menos do que outros países cobram historicamente dos EUA, reconhecendo que algumas nações podem escapar dessas medidas. Esse cenário animou os índices acionários americanos, com o S&P 500 fechando 1,7% mais alto, o Dow Jones Industrial Average subindo 1,2%, e o Nasdaq avançando 2,2%.

As tarifas, definidas como impostos sobre importações pagos pelas empresas compradoras e não pelos vendedores estrangeiros, têm sido ferramentas-chave no governo Trump desde sua posse em janeiro. Utilizadas ou ameaçadas em várias disputas — nem todas relacionadas ao comércio — elas incluem produtos específicos como automóveis, madeira e chips de computador. Trump argumenta que essas possibilidades estão impulsionando investimentos nos Estados Unidos.

No caso da Venezuela, a nova ameaça visa pressionar grandes compradores de petróleo, como China, Índia e Espanha, a reduzirem suas transações, que sustentam financeiramente o governo venezuelano. Embora a China seja um grande cliente do petróleo venezuelano, este país sul-americano não é uma fonte significativa de petróleo para a China, que importou mais de 11 milhões de barris por dia no ano passado. Por outro lado, os EUA são grandes consumidores de petróleo venezuelano, graças a isenções econômicas concedidas à Chevron.

O governo Trump já havia aumentado as tarifas sobre importações chinesas para pelo menos 20% desde fevereiro, com planos de adicionar novos encargos aos atuais. No entanto, a administração ampliou o prazo dado à Chevron para encerrar suas operações na Venezuela até 27 de maio, estendendo-o por dois meses. Após o anúncio, os preços do petróleo subiram mais de 1%.

Essas mudanças nas posturas comerciais refletem tanto uma estratégia calculada quanto incertezas globais. Enquanto alguns países enfrentam sanções mais rigorosas, outros podem encontrar brechas nas políticas americanas, ajustando assim suas estratégias econômicas. Os mercados, por sua vez, demonstram otimismo com essa aparente moderação nas políticas tarifárias, embora permaneçam vigilantes diante de futuros desenvolvimentos.

more stories
See more