Uma série de ataques aéreos israelenses no sul do Líbano resultou na morte de duas pessoas e deixou oito feridas, conforme informado pelo ministério da saúde libanês. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ordenou os ataques contra múltiplos alvos "terroristas" como resposta ao disparo de foguetes vindo do território libanês neste sábado de manhã. Este incidente marca a mais intensa troca de fogo desde que um cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos entre Israel e o grupo militante libanês Hezbollah entrou em vigor no mês passado.
A situação no sul do Líbano está cada vez mais instável, com preocupações crescentes sobre a sustentação do frágil acordo de cessar-fogo. O governo libanês relatou uma sequência de ataques aéreos e bombardeios de artilharia israelenses, atingindo cidades fronteiriças e áreas elevadas até cinco milhas dentro do território libanês. Em meio à escalada, surgem dúvidas sobre quem está por trás dos lançamentos de foguetes, já que o Hezbollah negou qualquer envolvimento.
O contexto político e militar complica ainda mais as tensões regionais. As operações militares de Israel se intensificaram recentemente, especialmente em Gaza, onde exigem a libertação de reféns mantidos pelo Hamas. Além disso, a guerra entre Israel e o Hezbollah estourou novamente no último setembro, causando devastação significativa no Líbano e deslocando milhares de israelenses.
Embora tenha havido um acordo para retirada das forças israelenses do território libanês até meados de fevereiro, Israel ainda permanece em várias localidades estratégicas próximas às comunidades do norte de Israel. Diante deste cenário, o Líbano pediu apoio da ONU para pressionar Israel a cumprir integralmente a retirada acordada.
O Primeiro-Ministro libanês Nawaf Salam apelou para que o exército libanês adote todas as medidas necessárias na região sul, mas reiterou que o país não deseja retornar à guerra. Por sua vez, a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) expressou alarme pela possível escalada da violência e instou todas as partes a evitar comprometer os avanços alcançados, destacando que qualquer aumento da tensão poderia ter consequências graves para toda a região.
A crise atual coloca em risco tanto a segurança regional quanto o progresso diplomático conquistado nos últimos meses, aumentando a urgência de uma solução pacífica para acabar com o ciclo de violência.