O Brasil alcançou um marco histórico no cenário cinematográfico internacional ao conquistar o primeiro Oscar de Melhor Filme Internacional com "Ainda Estou Aqui". O diretor Walter Salles, em entrevista coletiva após a cerimônia, revelou que perdeu o discurso preparado e teve que improvisar durante sua fala. Ele destacou a importância do prêmio para o cinema brasileiro e latino-americano, além de homenagear as mulheres que resistiram à ditadura militar.
A vitória ocorreu na cerimônia do Oscar realizada em Los Angeles, nos Estados Unidos. O filme narra a história real de Eunice Paiva, uma advogada e ativista que dedicou 40 anos de sua vida buscando a verdade sobre o desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva, durante a ditadura militar no Brasil. A atriz Fernanda Torres interpretou Eunice Paiva, enquanto Selton Mello retratou Rubens Paiva.
O discurso preparado por Salles enfatizava o reconhecimento da Academia à resistência contra regimes autoritários e a importância das figuras femininas na luta pela liberdade. Ele também mencionou as atuações excepcionais de Fernanda Torres e Fernanda Montenegro, que ele considera essenciais para a elevação do filme. Durante a premiação, Salles expressou sua gratidão ao cinema brasileiro e latino-americano, destacando a coragem de Eunice Paiva como símbolo de resistência.
Além do Oscar de Melhor Filme Internacional, "Ainda Estou Aqui" também concorreu nas categorias de Melhor Atriz e Melhor Filme, mas não obteve êxito nessas categorias. No entanto, a vitória histórica do Brasil foi celebrada com entusiasmo pelos envolvidos no projeto. O filme será lançado no catálogo do Globoplay em 6 de abril e permanecerá em cartaz nos cinemas brasileiros até o dia 2 do mesmo mês.
Manuel Belmar, Diretor de Produtos Digitais da Globo, celebrou a conquista, ressaltando a importância do investimento contínuo em talentos brasileiros. Ele afirmou que essa vitória é um reflexo do compromisso da Globo em promover e viabilizar o talento nacional. A história de Eunice Paiva, retratada com maestria em "Ainda Estou Aqui", serve como um testemunho da resistência humana e do poder transformador do cinema brasileiro.