Um incidente de injúria racial durante um jogo do campeonato brasileiro envolvendo o jogador boliviano Miguelito, do América, e Allano, do Operário Ferroviário, resultou em sua prisão em Ponta Grossa. O caso gerou uma investigação policial com pena máxima de cinco anos de prisão. O jogo foi suspenso por 15 minutos após a arbitragem acionar o protocolo antirracismo.
A controvérsia dividiu opiniões entre os dois clubes, com o Operário defendendo Allano e pedindo justiça, enquanto o América negou as acusações, afirmando que Miguelito é um jogador ético e respeitado dentro da equipe.
O jogo entre Operário Ferroviário e América ganhou dimensões inesperadas quando o árbitro suspendeu temporariamente a partida por 15 minutos ao detectar possíveis insultos racistas. A situação começou com uma falta de Allano sobre Miguelito, levando a um confronto verbal que culminou na denúncia formal pelo atleta ofendido. Após análise preliminar, Miguelito foi preso sob alegações de injúria racial.
De acordo com testemunhas, incluindo o colega de equipa Jacy, Miguelito proferiu comentários impróprios contra Allano. A Polícia Civil do Paraná entrou em contato com emissoras responsáveis pela transmissão para obter imagens que confirmem ou desmintam as acusações. Este tipo de crime no Brasil pode levar à condenação por até cinco anos de prisão. Durante o intervalo, o jogo foi retomado sem alterações significativas, apesar das medidas adotadas pelo árbitro. Essa decisão gerou protestos entre os torcedores do Operário, que demonstraram insatisfação com a continuidade da partida.
A resposta dos clubes revelou posições divergentes sobre o ocorrido. Enquanto o Operário Ferroviário expressou apoio total a Allano e prometeu buscar evidências claras para sustentar as acusações, o América reagiu categoricamente negando qualquer comportamento racista por parte de Miguelito. Ambas as partes destacaram seus compromissos com valores éticos e inclusivos, embora interpretassem o incidente de maneiras distintas.
O comunicado oficial do Operário enfatizou seu repúdio a qualquer forma de racismo e lamentou a continuação da partida sem ajustes adequados após o protocolo ser ativado. Eles relataram que um adepto lançou objetos em direção ao banco de reservas adversário como forma de protesto, sendo identificado e retirado do estádio. Por outro lado, o América afirmou ter conduzido uma investigação interna minuciosa e concluiu que não havia indícios de condutas discriminatórias por parte de Miguelito. O clube destacou seu histórico de integridade e compromisso com igualdade e respeito. Esta postura gerou debates intensos sobre a necessidade de maior clareza nos procedimentos antirracismo no esporte brasileiro.