A mais recente aventura de Hideo Kojima, Death Stranding 2: On the Beach, foi lançada com grande aclamação da crítica, conquistando uma impressionante média de 90 pontos no Metacritic. No entanto, o sucesso de público nas vendas físicas no Reino Unido não acompanhou o entusiasmo dos especialistas, revelando uma tendência notável no mercado de jogos.

Conforme observado pelo jornalista e analista Christopher Dring, embora Death Stranding 2 tenha alcançado o topo das paradas de vendas físicas no Reino Unido em sua semana de estreia, seu desempenho comercial foi consideravelmente inferior ao de seu antecessor. Os dados indicam uma queda de 66% nas vendas físicas em comparação com o primeiro Death Stranding. Além disso, o jogo ficou 33% abaixo do lançamento de Astro Bot, um título que se destacou pela forte adesão ao formato físico.

Dring ressalta que essa diferença nas vendas reflete uma mudança significativa na dinâmica do mercado, onde a distribuição digital de jogos ganhou uma força avassaladora nos últimos anos. A preferência por cópias digitais em detrimento das físicas é uma realidade crescente, o que pode explicar parte do desempenho de Death Stranding 2. Ele aponta que, no ecossistema do PlayStation 5, aproximadamente 40% das vendas de jogos ainda ocorrem em formato físico, indicando que, embora em declínio, esse segmento ainda possui relevância.

Este cenário sublinha a evolução do consumo de jogos eletrônicos e os desafios que as editoras enfrentam ao equilibrar as estratégias de lançamento em formatos físicos e digitais. A era digital redefiniu as expectativas de vendas e o impacto do formato físico no desempenho geral dos títulos. Para Death Stranding 2, a forte recepção crítica é inegável, mas o sucesso comercial em seu aspecto físico parece ser um sintoma das transformações em curso na indústria de videogames, onde o digital assume uma posição cada vez mais dominante.