Nesta quarta-feira, o Vaticano entra em um momento solene com o início do conclave destinado a escolher o 267º papa. Presidido pelo cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, este evento crucial segue uma tradição centenária que combina rituais religiosos e protocolos rigorosos. Durante a manhã, os cardeais eleitores participarão de uma missa especial antes de se reunirem à tarde na Capela Sistina, onde ocorrerá a primeira votação. Este processo seguirá até que um candidato obtenha dois terços dos votos necessários para ser proclamado sucessor do falecido Papa Francisco.

O calendário desta cerimônia começa com uma celebração conduzida pelo Decano dos Cardeais, Giovanni Battista Re, marcando simbolicamente o início do conclave. Ele havia presidido ao funeral de Francisco em abril e agora lidera as orações matinais, conhecidas como "Pro Eligendo Romano". Às 16h30 locais, os cardeais iniciam formalmente suas deliberações na Capela Sistina, isolados completamente do mundo exterior.

A segurança do conclave é garantida por medidas extremas: todos os meios de comunicação externos são vedados aos cardeais, incluindo acesso à internet e uso de telefones, exceto em casos emergenciais. Ao todo, 133 cardeais eleitores estão aptos a participar deste processo, após duas ausências justificadas por razões de saúde.

Dentro da Capela Sistina, os votos são realizados em boletins secretos, contabilizados manualmente e queimados logo após cada rodada. O tradicional sinal de fumaça emitido pela chaminé anuncia o andamento do conclave: preta indicando continuidade das votações e branca revelando o nome do novo papa.

Com procedimentos meticulosos e uma atmosfera de profundo recolhimento espiritual, este conclave representa não apenas a transmissão de liderança dentro da Igreja Católica, mas também um momento de reflexão global sobre o futuro da fé católica em um mundo em constante transformação.