O 58º Rali de Portugal proporcionou uma manhã intensa e cheia de reviravoltas para os pilotos. Ott Tanak assumiu a liderança logo na primeira especial, seguido por Adrien Fourmaux e Sébastien Ogier, enquanto problemas técnicos e condições desafiantes afetaram outros competidores, incluindo o campeão mundial Thierry Neuville, que caiu para sétimo lugar após um incidente em Mortágua.
No início deste dia movimentado, o estónio Ott Tanak demonstrou sua determinação ao registrar o melhor tempo na primeira classificativa, marcando seu domínio inicial no Rali de Portugal. Apesar da vantagem mínima de apenas 0,2 segundos sobre Adrien Fourmaux, Tanak reconheceu as dificuldades enfrentadas pelo carro, mencionando que ele está "muito solto". O francês Sébastien Ogier, conhecido por suas seis vitórias na prova portuguesa, encontra-se em terceiro lugar, mas expressou insatisfação com a afinação do Toyota Yaris, sentindo que o veículo está "demasiado macio".
Já o britânico Elfyn Evans, vencedor da superespecial realizada anteriormente em Figueira da Foz, perdeu a liderança no primeiro troço, em Mortágua, devido à difícil tarefa de abrir a estrada, limpando-a para os demais concorrentes. Kalle Rovanperä também sofreu com a aderência escorregadia, sendo ultrapassado por Takamoto Katsuta e caindo para quinto lugar.
Um dos momentos mais dramáticos ocorreu com Thierry Neuville, cuja tentativa de manter o ritmo foi interrompida por um giro inesperado em Mortágua, deixando-o distante na classificação geral. Outro azarado foi Martins Sesks, que enfrentou um pneu furado na terceira curva de Mortágua, comprometendo significativamente sua posição.
Entre os pilotos do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), Kris Meeke destacou-se com uma performance sólida, considerando sua manhã como "decente", apesar das dificuldades encontradas. Já Dani Sordo, apesar de ocupar a segunda posição no CPR, relatou desconforto causado por uma fuga de combustível em sua Hyundai i20 durante a especial da Lousã.
A competição prossegue à tarde, com novas passagens pelos desafiadores troços de Mortágua, Lousã, Góis e Arganil, além da estreia dos trechos Águeda/Sever e Sever/Albergaria.
Este rali nos lembra da importância de equilibrar técnica, estratégia e adaptação às condições imprevisíveis das estradas. A luta pela liderança é acirrada, e cada segundo pode fazer a diferença entre vitória e derrota. Para os espectadores, cada volta é uma oportunidade de testemunhar a habilidade excepcional desses pilotos sob pressão máxima.