Mahmoud Khalil, um ex-estudante da Universidade de Columbia, permanece detido por mais de um mês em uma instalação de imigração no estado de Louisiana. Apesar do pedido para ser liberado temporariamente e estar presente no nascimento de seu filho, as autoridades negaram sua solicitação. Sua esposa, Noor Abdalla, expressou frustração com a decisão, argumentando que momentos preciosos foram roubados de sua jovem família. Enquanto isso, advogados de Khalil lutam contra sua remoção nos tribunais.

O caso envolve não apenas questões legais relacionadas à sua detenção, mas também críticas sobre como tais decisões afetam famílias diretamente. Embora Khalil ainda não tenha sido acusado formalmente de nenhum crime, o governo Trump o vincula ao grupo Hamas sem apresentar evidências concretas em tribunal.

Negação de Liberação Temporária Gerou Controvérsia

A decisão das autoridades de negar a liberação temporária de Mahmoud Khalil gerou grande polêmica. Advogados solicitaram permissão para ele viajar até Nova York e estar presente durante o parto de seu filho. Essa solicitação foi rejeitada rapidamente, deixando sua esposa sozinha durante um momento crucial na vida familiar.

No domingo pela manhã, os representantes legais de Khalil enviaram um apelo oficial à diretora do escritório regional do ICE em Nova Orleans, Melissa Harper. Eles pediram uma licença de duas semanas para permitir que Khalil estivesse ao lado de sua esposa norte-americana no hospital. Argumentaram que tal medida seria tanto razoável quanto humana, considerando que o nascimento ocorreu antes do previsto. Os advogados ofereceram aceitar qualquer condição necessária, como monitoramento por GPS ou check-ins regulares. No entanto, aproximadamente meia hora após o envio do pedido, Harper respondeu negativamente, citando revisão interna do caso como justificativa.

Desafios Jurídicos e Emocionais Confrontados pela Família

Enquanto Khalil enfrenta desafios jurídicos significativos, sua esposa enfrenta dificuldades emocionais intensas. Localizado a mais de 1.600 quilômetros de distância, ele só pôde acompanhar o nascimento de seu filho por chamada telefônica. Este contexto trouxe à tona debates sobre a humanização das políticas migratórias.

Khalil está sob custódia desde que foi preso próximo à residência universitária onde vivia com sua esposa grávida. Apesar de não ter cometido crimes reconhecidos, ele é acusado pelo governo atual de associação com organizações terroristas, algo que carece de provas formais no tribunal. Recentemente, um juiz de imigração determinou que Khalil pode ser removido dos Estados Unidos, decisão que agora está sob recurso. Paralelamente, seus advogados também buscam garantir sua soltura através de um processo federal que questiona a legalidade de sua detenção prolongada.