No final de março, a multimarca paulista Pinga realizou sua quarta edição no Distrito Federal, desta vez na loja Jeté, situada no Lago Sul. Durante dois dias, o evento trouxe 11 marcas independentes, destacando-se como um ponto de encontro entre designers brasileiros e consumidores da capital federal. Sob o comando de Catharina Johannpeter e Gabriela Paschoal, a Pinga colaborou com Raquel Jones, jornalista à frente da Jeté, para promover uma celebração da moda nacional que também incluiu um componente social significativo. Além das peças exclusivas, o evento contou com a participação da ONG Paramar, trazendo arte ao espaço enquanto contribuía para o bem-estar de crianças nordestinas.
A parceria entre Pinga e Jeté reflete uma sinergia única no setor da moda autoral. Catharina Johannpeter, cofundadora da Pinga, descreveu o evento como uma oportunidade de entender melhor o mercado brasiliense e conectar-se diretamente com o público local. A iniciativa foi ainda mais especial por incorporar a ONG Paramar, que cuida de centenas de crianças no Nordeste. A organização expôs obras artísticas no local, com parte dos lucros revertidos para atividades educacionais e culturais das comunidades beneficiadas.
Entre as marcas presentes, destaque para Laura Cangussu, conhecida por suas criações em seda brasileira pintada à mão, Madnomad e Aô, que apresentaram suas coleções de inverno 2025, e Argalji, estreante no evento, reconhecida por suas peças esculturais. As joias expostas demonstraram sensibilidade artística, combinando design moderno com exclusividade.
Raquel Jones, responsável pela Jeté, ressaltou a crescente demanda por itens únicos no mercado atual. Ela observou que essa tendência se alinha ao aumento do consumo de segunda mão, onde peças vintage são valorizadas por sua singularidade. A profissional também mencionou mudanças comportamentais impulsionadas pelo TikTok e pela pandemia, que alteraram a forma como as tendências são definidas, colocando os próprios consumidores como protagonistas.
A combinação de moda, cultura e impacto social tornou o evento não apenas uma vitrine para o design brasileiro, mas também uma plataforma de conexão humana. Para Raquel, o verdadeiro sucesso está em unir pessoas por meio da criatividade e da autenticidade. Este evento reforçou o papel essencial de iniciativas como esta na promoção de valores sustentáveis e inovadores no universo fashion.