A 31ª edição do evento “É das Manas” reuniu empreendedoras para promover o consumo consciente e fortalecer o empreendedorismo feminino. A feira, realizada no bairro de Nazaré, em Belém, destacou a importância de apoiar microempreendedores e adotar práticas sustentáveis. Além disso, participantes compartilharam suas experiências sobre como os brechós se tornaram uma solução prática para acompanhar tendências da moda de forma responsável.
O encontro também serviu como plataforma para histórias inspiradoras, como a de Érica de Vasconcelos, que transformou sua paixão pela moda sustentável em fonte de renda, e Brenda Hayashi, que encontrou nos brechós uma forma de gerar receita ao desapegar de peças pouco utilizadas. A celebração do evento foi marcada pelo reconhecimento de seu impacto positivo na comunidade local.
O evento “É das Manas” destaca a relevância de consumir de maneira responsável, não apenas por meio do uso de roupas usadas, mas também por meio do apoio a pequenos negócios. Para Bruna Heimann, idealizadora da iniciativa, comprar de microempreendedores é um ato significativo que influencia diretamente a vida dessas pessoas. A feira oferece um espaço onde valores como sustentabilidade e responsabilidade social estão intrinsecamente conectados.
O conceito de consumo consciente transcende a simples compra de itens de segunda mão. Ele envolve considerar o impacto ambiental e social das escolhas de consumo. Durante o evento, Patrícia Gomes, uma assistente social de 50 anos, trouxe sua filha Anália, de 13, para explorar as opções de moda sustentável. Para elas, o brechó representa uma oportunidade de seguir modas modernas enquanto contribui para a preservação do meio ambiente. Essa abordagem ajuda a criar uma mentalidade mais reflexiva sobre como e por que compramos.
Muitas mulheres aproveitam o movimento dos brechós para converter suas paixões em carreiras rentáveis. Brenda Hayashi, jornalista de 31 anos, descobriu nos brechós uma maneira de lidar com o excesso de roupas em seu guarda-roupa. Ao perceber que muitas peças eram bonitas, mas pouco usadas, ela começou a vender esses itens em eventos como o “É das Manas”. Agora, Brenda faz parte dessa rede de empreendedorismo, ajudando a promover tanto a sustentabilidade quanto a economia local.
Já Érica de Vasconcelos, dona da loja “Movimento de Moda Sustentável”, viu nas feiras de brechós uma chance de construir sua própria independência financeira. Há dois anos e meio dedicada aos eventos, ela conseguiu expandir seus negócios até abrir uma loja física. Inspirada pela visão sustentável de sua mãe, Érica utiliza sua experiência para incentivar outras mulheres a explorarem oportunidades similares. A história dela reflete como as feiras de brechós podem ser catalisadoras de mudança, proporcionando não só produtos sustentáveis, mas também empoderamento econômico.