O desempenho das jogadoras benfiquistas foi um exemplo de superação e habilidade técnica, elevando ainda mais o patamar do futebol feminino português.
O primeiro tempo foi crucial para definir o rumo do jogo. Aos 30 minutos, Christy Ucheibe aproveitou um canto batido pela esquerda para marcar um cabeceamento preciso, abrindo o placar. Esse gol não apenas colocou o Benfica à frente, mas também serviu como um sinal claro de que as encarnadas estavam dispostas a lutar até o fim. O ambiente era tenso, mas o controle do jogo pelas águias era evidente.
A pressão continuou nos minutos seguintes. Cristina Martín-Prieto esteve perto de ampliar a vantagem logo no minuto seguinte, mas sua tentativa passou rente à trave. No entanto, a oportunidade certa surgiu aos 42 minutos, quando Marit Lund cruzou perfeitamente para que a espanhola finalizasse com precisão, consolidando o domínio encarnado antes do intervalo. Este segundo gol carregava consigo a essência da estratégia tática desenvolvida por Filipa Patão, treinadora que conduziu as meninas à glória.
Nos segundos 45 minutos, Zé Nando implementou mudanças significativas no Valadares, buscando reequilibrar o confronto. A equipe local ganhou mais ímpeto ofensivo e conseguiu realizar seis chutes em menos de vinte minutos, algo que não haviam alcançado durante toda a primeira etapa. Apesar disso, Carole Costa, goleira titular do Benfica, provou ser um obstáculo insuperável. Em uma jogada particularmente emocionante, Erica Meg teve seu chute bloqueado por Carole, mantendo a vantagem intacta.
Essa intervenção foi fundamental para manter o ritmo do jogo nas mãos das encarnadas. Além disso, a atuação defensiva do Benfica merece destaque, pois mesmo sob pressão constante, a linha traseira liderada por Carole manteve-se sólida, garantindo que o triunfo fosse construído com tranquilidade.
O terceiro gol, marcado por Beatriz Cameirão após assistência de Carole Costa, selou definitivamente o resultado. Este momento foi especialmente simbólico, já que representava o ponto alto de uma campanha impecável que culminou no pentacampeonato. A jogada envolveu uma combinação de passes rápidos e movimentação inteligente, características que tornaram o Benfica uma força dominante na competição.
Após o apito final, os protagonistas do duelo trocaram cumprimentos calorosos, destacando o espírito esportivo que permeou todo o encontro. Filipa Patão e Zé Nando demonstraram respeito mútuo em seus gestos, enquanto as capitãs Carole Costa e Pauleta ergueram juntas o troféu, celebrando essa conquista histórica. Essa imagem encapsula o legado deixado por esta geração de talentosas jogadoras.
Este título não apenas consolida o Benfica como referência máxima no futebol feminino nacional, mas também coloca-o entre os clubes mais relevantes no cenário internacional. A qualidade técnica exibida ao longo da temporada revela um padrão elevado que inspira jovens atletas a seguirem os mesmos passos. Além disso, o compromisso com valores como fair play e trabalho em equipe fortalece ainda mais o prestígio do clube.
Olhando para o futuro, espera-se que esta vitória sirva como impulso para novas conquistas, tanto dentro quanto fora das fronteiras portuguesas. O desafio agora será manter esse nível de excelência e continuar expandindo os horizontes do futebol feminino, promovendo inclusão e igualdade no esporte.